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Farioli já esperava um jogo duro desde que Sean Dyche foi anunciado como novo treinador dos Tricky Trees, talvez por isso se explique a opção por Pablo Rosario no lugar do habitual titular Gabri Veiga, como a grande novidade no onze. O inglês, nascido e futebolistamente formado em Nottingham, teve um regresso emotivo à cidade natal ao serviço de um clube que somava 10 jogos sem vencer.

A mão de Sean Dyche
Sob o comando de um técnico conhecido pelo estilo de jogo físico e direto, com forte aposta nas bolas paradas, o Forest aproveitou o estádio cheio para levar o jogo para cima dos dragões, que procuravam a primeira vitória em terras inglesas. Os portistas concederam espaço na transição, prontamente aproveitado por Hudson-Odoi que testou a atenção de Diogo Costa. Logo a seguir, foi Alan Varela a travar o internacional inglês em zona perigosa.

O método Dyche demorou 20 minutos a trazer resultados práticos: numa bola bombeada para a área, Bednarek e Igor Jesus lutaram nas alturas e o esférico foi à mão do defesa, com o árbitro a assinalar grande penalidade. Chamado a converter, Gibbs-White estreou-se a marcar na Liga Europa e confirmou o primeiro tento concedido pela dupla Bednarek-Kiwior.
Os dragões demoraram a reagir, cometeram alguns erros de abordagem - como o lance em que Moura viu amarelo - e não conseguiam assentar o seu jogo. Por outro lado, Igor Jesus bem pode considerar-se sortudo por só ter visto amarelo após uma forte cotovelada a Alan Varela. Recuperado, o argentino voltou ao campo para armar um remate de longa distância que obrigou Matz Sels a uma grande defesa.
Frohold não conseguia aparecer nas zonas habituais, Pablo Rosario estava desaparecido e Samu pouco tocava na bola. Alberto Costa ainda desequilibrou do lado direito com um cruzamento amortecido por Moura para a pequena área, mas a emenda de Rosario saiu ao lado, antes de Zinchenko abandonar o relvado lesionado. Foi o último lance de registo de uma primeira parte pobre, mas que deixou a sensação de que era possível algo melhor dos azuis e brancos.

Redenção anulada e castigo confirmado
Apesar disso, Farioli não mexeu no regresso dos balneários e a resposta até foi positiva: Bednarek marcou na insistência de um pontapé de canto, mas havia fora de jogo de Samu antes do remate do polaco. Redenção anulada. O técnico não perdeu mais tempo ao lançar Martim Fernandes, Gabri Veiga e William Gomes. Os reds tentaram colocar a partida no congelador, mas as mexidas agitaram o ataque e o espanhol recém-entrado deixou um sério aviso ao acertar na trave num pontapé de canto.
Numa rara saída em contra-ataque, Hudson-Odoi apareceu isolado na grande área e foi negado por um excelente corte de Bednarek. A partir daí, os dragões perderam-se, sem conseguir igualar a agressividade e intensidade dos ingleses, até que Martim Fernandes derrubou Nicolò Savona dentro da área de forma displicente. O árbitro até tinha assinalado simulação, mas alertado pelo vídeo-árbitro confirmou o segundo castigo máximo, cobrado por Igor Jesus com um remate ao centro.
O treinador dos azuis e brancos não escondia o descontentamento no banco, até porque o melhor que a equipa conseguiu foi um cruzamento de Martim Fernandes que Samu conseguiu devolver ao companheiro em vez de cabecear para a baliza. Superado na intensidade, o italiano viveu a primeira desilusão no comando técnico portista e precisa de recuperar a equipa a tempo de um teste difícil no terreno do Moreirense já na segunda-feira.
Melhor em campo: Neco Williams (Nottingham Forest).
