Recorde aqui as incidências do encontro
Otávio e Gonçalo Borges regressaram ao onze de Martín Anselmi em detrimento de Zé Pedro e Pepê, neste 100.º jogo realizado no Estádio do Dragão para competições europeias. Pela frente estava a Roma, que foi eliminada três vezes pelos dragões nas provas continentais, agora orientada pela velha raposa Ranieri, que deixou Hummels e Paredes no banco, para lançar Mancini e Pellegrini.
Balde de água fria para combater o tédio
O duelo começou acidentado, com algumas paragens devido a entradas mais ríspidas que impediram que a primeira parte entrasse num ritmo mais interessante, tanto que Pellegrini e Alan Varelas foram amarelados nos primeiros 20 minutos. Antes disso, houve oportunidades para os dois lados, primeiro num bom desenho dos portistas em que Mora, com oportunidade de rematar, tentou servir Eustáquio e Cristante afastou, na outra área Diogo Costa negou o remate de Dybala.
João Mário, que já tinha ficado com as orelhas a arder depois de um mau alívio resolvido por Diogo Costa, voltou a ficar mal num lance em que fez um corte displicente e permitiu a Angeliño fazer um cruzamento atrasado, que Pellegrini atirou para fora. Entretanto, a Çelik e Koné também viram amarelos e Dybala foi substituído com problemas físicos, enquanto FC Porto foi crescendo junto da área contrária, graças à irreverência de Gonçalo Borges, embora sem ameaçar Svilar.
Em tempo de descontos, nova paragem para mostragem de cartões amarelos, agora para Francisco Moura e Saelemaekers, que falha a segunda mão em Itália. Já quando todos pensavam com o intervalo, Baldanzi roubou a bola a Varela, abriu para o cruzamento de Saelemaekeres, Nehuén Pérez fez o corto que sobrou para Zeki Çelik fuzilar na cara de Diogo Costa e deitar um balde de água gelada no Dragão. Foi o primeiro golo do turco desde 2020.
Afetado pelos amarelos, Ranieri lançou Pisilli e El Shaarawy para os lugares de Saelemaekers e Koné e, logo no reatamento, Francisco Moura, servido por Mora, ficou muito perto do empate, valendo a defesa de Svilar. Depois disso, os dragões sentiram muita dificuldade para impor o seu jogo e levavam o estádio do Dragão ao desespero, que já assobiava.
O foguete que acordou o Dragão
Após largos minutos de confusão e falta de entendimento entre os azuis e brancos, Anselmí deitou mais uma acha para a fogueira ao retirar Rodrigo Mora, que estava a ser o melhor, e Alan Varela para lançar Fábio Vieira e Pepê, o que frustrou ainda mais os adeptos, já que os gialorrosi continuavam a jogar a seu belprazer no meio-campo ofensivo. Num canto, Cristante subiu sozinho na pequena área e Diogo Costa exibiu grandes reflexos para evitar o segundo.
No seguimento, o guardião bateu rapidamente o pontapé de baliza e lançou um grande passe para Pepê, que tentou furar na área adversária, o esférico sobrou para a entrada da área, onde Francisco Moura disparou um foguete que desviou num defesa e traiu Svilar, decretando o empate, aos 67 minutos. Logo a seguir, o antigo médio do Benfica viu o segundo cartão amarelo e deixou a Roma em inferioridade para os últimos 15 minutos.
Embalado pelos últimos minutos, Anselmi arriscou com a entrada de Namaso para os lugar de Otávio numa altura em que a Roma se perdeu totalmente em campo e baixou as linhas. A primeira oportunidade para a reviravolta caiu nos pés de Gonçalo Borges, com o extremo a rematar de primeira em boa posição por cima da trave. Depois, Moura amorteceu para a pequena área, mas Samu não conseguiu aproveitar.
O avançado espanhol saiu logo a seguir, rendido por Gul, enquanto Zaidu substituiu Moura. O FC Porto carregou à procura da vitória, mas à exceção de um remate de meia distância de Namaso, não voltou a assustar Svilar. A Roma susteve a reação portista e mantém a eliminatória em aberto para a segunda mão no Estádio Olímpico.
Homem do jogo Flashscore: Francisco Moura (FC Porto).
