Recorde aqui as incidências do encontro

O United entrou com Bruno Fernandes a titular... e com tudo, já que aos 30 segundos Sancho introduziu a bola na baliza, mas estava em posição irregular. De regresso às opções de Ten Hag, Diogo Dalot começou no banco de suplentes.

Apesar de uma temporada doméstica no mínimo dececionante, o Sevilha, papa-taças da Liga Europa, viajou até Manchester para um dos testes mais duros na competição, com várias ligações a Portugal no onze, tais como Acuña, Fernando e Óliver Torres, mas sem um ponta de lança de raíz.

Quem sabe, Sabitzer...

Em fase ascendente da época, os Red Devils rapidamente tomaram controlo das incidências com vista à baliza de Bono, que ficou com as mãos a ferver depois de um remate de Antony. Pouco depois, Bruno Fernandes, com um passe que parecia uma faca quente em manteiga, descobriu Sabitzer na área e o austríaco, de costas para a baliza, recebeu de pé direito e rematou de pé esquerdo para inaugurar o marcador.

Os espanhóis partiram na busca do empate e acabaram traídos pelo excesso de vontade. Depois de um pontapé de canto, o United saiu rápido para contra-ataque, conduzido de forma sublime por Martial, que primeiro ligou a mota e depois tirou a batuta de maestro do bolso para lançar um excelente passe para Sabitzer. Isolado diante de Bono, foi novamente seu pé esquerdo a colocar a bola no fundo das redes.

O United ia somando oportunidades para dilatar a vantagem, nomeadamente por Bruno Fernandes e Casemiro, diante de um Sevilha tímido no ataque. A primeira real oportunidade dos andaluzes surgiu num livre de Rakitic que saiu por cima da trave. Ainda assim, o conjunto de Mendilibar dispôs de uma soberana ocasião para reentrar na partida no último lance da primeira parte.

Num pontapé de canto cobrado ao primeiro poste, Nianzou surgiu de rompante com um cabeceamento fortíssimo para intervenção difícil de De Gea, o esférico ia caprichosamente entrar na baliza até que o cabeceamento fulcral de Varane afastou o perigo.

O recomeço trouxe Maguire para o lugar do central francês, Jesús Navas para o de Óliver Torres e Antony à procura de juntar-se à festa dos golos. O brasileiro rematou perto do poste logo no reatamento e, minutos mais tarde, deixou Marcão estatelado no relvado antes de rematar em arco e acertar em cheio no ferro.

Bruno Fernandes saiu, já depois de ter visto o cartão amarelo que o retira da segunda mão, e o United começou a peder o controlo do meio-campo. Antony era quem agitava as águas e trazia motivos de interesse a uma segunda parte entediante e o suspiro das bancadas de Old Trafford foi audível quando o extremo deu lugar a Pellistri.

Porém, o uruguaio ficou perto de causar mossa na primeira intervenção em campo, mas Malacia demorou muito a rematar e quando o fez Fernando afastou o perigo.

Estrelinha de campeão

Quando ninguém esperava, o Sevilha conseguiu reentrar no jogo. Numa jogada de insistência do ataque, Fernando levantou para a entrada de Jesús Navas, Malacia falhou a interceção, o espanhol fez um cruzamento rasteiro que desviou nas pernas do defesa e traiu De Gea, que nada pôde fazer para evitar o golo.

O renascimento carregou a equipa à procura do empate diante de uns Red Devils ainda atónitos e sem resposta para a avalanche ofensiva andaluz. Para ajudar às contrariedades de Ten Hag, Lisandro Martínez lesionou-se sozinho e teve de sair do campo - com ajuda dos adversários -, deixando a equipa reduzida a 10. Nos descontos, o carrasco de Portugal no Mundial-2022, En-Nesyri cabeceou para uma grande defesa de David de Gea. 

Segundos depois, Lucas Ocampos teve todo o espaço do mundo para voltar a colocar a bola na área para o ponta de lança marroquino, que voltou a saltar mais alto que os adversários e cabeceou com força contra o corpo de Maguire, num lance que deixou o guarda-redes preso ao relvado e levou a bola, caprichosamente, ao fundo das redes.

Homem do jogo Flashscore: Marcel Sabitzer (Man. United).