Betis 2-0 Lyon
O Betis é uma equipa madura, bem trabalhada e que pressiona alto graças a dois extremos tão incisivos como Antony e Abde. Frente ao Lyon, com Mathys de Carvalho no onze e Afonso Moreira nos últimos minutos, soube esperar pelo seu momento, sem se precipitar, mesmo quando os adeptos já começavam a bocejar. O jogo era monótono de ambos os lados, lento, sem oportunidades, nem sequer com algum remate que animasse a bancada.

Quase meia hora tinha passado quando Abde chamou a atenção. A equipa aproveitou bem a pressão, recuperou a bola e avançou rapidamente para perto de Greif. O guarda-redes evitou o primeiro golo do marroquino ao desviar para canto. Lo Celso marcou o canto, Bakambu desviou de cabeça e Abde, com uma entrada poderosa, colocou a bola na rede.
Antony não quis ficar atrás do colega e também ameaçou com a sua velocidade. O primeiro remate, de pé direito, saiu ligeiramente ao lado. Mas no segundo... Marc Roca, quase desde a sua área, lançou a bola 60 metros, precisamente nas costas da defesa francesa, onde o brasileiro apareceu com um excelente movimento e uma finalização ainda melhor em chapéu para fazer o 2-0. Em seis minutos, do 29.º ao 35.º, dois golos e vitória encaminhada.
Com outra ambição, o Lyon entrou na segunda parte. Um remate de Merah, que saiu perto do poste, foi o cartão de visita. Voltou a ficar com a posse de bola, embora os homens de Pellegrini não parecessem desconfortáveis atrás da linha. Mas era arriscado recuar tanto. Sobretudo, caso os lioneses conseguissem marcar e apertar o resultado. Tentaram pouco e sem grande convicção. De longe, De Carvalho; de perto, Maitland-Niles.
Chegaram mesmo a escapar a um penálti de Kluivert – outro dos filhos de Patrick – que quase arrancou o tornozelo a Fornals. Incrível como o VAR não viu o que se ouviu até em França. Felizmente para o Betis, não precisou disso para somar a segunda vitória europeia e manter-se invicto após quatro jornadas
Aston Villa 2-0 Maccabi Tel Aviv
A antevisão deste jogo foi dominada pela decisão de proibir a entrada dos adeptos do Maccabi Tel Aviv no Villa Park, e no meio deste alvoroço, era fácil esquecer que havia uma partida em curso. Não que os primeiros minutos tenham sido muito entusiasmantes, já que, com uma série de lugares vazios nas quatro bancadas, o ambiente apático passou para o relvado.

Um remate de Donyell Malen que desviou rente ao poste a meio da primeira parte aumentou um pouco o barulho, mas o Tel Aviv teve uma oportunidade também, e quando o remate de Osher Davida deixou Emiliano Martínez sem reação, um suspiro coletivo de alívio pôde ser ouvido quando a bola passou a rasar o poste. Quando o Villa está em dificuldades, como aconteceu durante a maior parte da primeira parte, recorre frequentemente a Morgan Rogers em busca de inspiração.
O inglês resolveu a situação por conta própria, driblando três defesas numa jogada individual que terminou com uma mancha de Roei Mashpati. Mas o Maccabi reagiu, invadindo a defesa do Villa com Roy Revivo, e quando este serviu Dor Peretz, só uma defesa espectacular de Martínez manteve o nulo. A defesa revelou-se crucial, já que o Villa inaugurou o marcador nos descontos da primeira parte, quando Rogers encontrou Ian Maatsen na área e este, de um ângulo extremamente apertado, finalizou com precisão.
O Maccabi ainda estava na luta no reatamento: Peretz chegou atrasado à área para receber um cruzamento rasteiro de Hélio Varela, mas outra grande defesa de Martínez impediu-o. Foi brutalmente castigado por este erro, quando Elad Madmon derrubou Ezri Konsa dentro da área, dando ao Villa a hipótese de ampliar a vantagem na marcação de um penálti – que Malen converteu com mestria, acertando no canto inferior esquerdo.
Malen quase duplicou a contagem pessoal, mas teve o seu remate defendido com a ponta dos dedos por Mashpati. No entanto, com uma vantagem de dois golos, Emery teve o luxo de poder fazer alterações e isso não afetou a facilidade com que conseguiu gerir a partida. O Maccabi, que continua sem vencer na competiçaõ (1 empate, 3 derrotas).
Estugarda 2-0 Feyenoord
Com Tiago Tomás no onze, o Estugarda mostrou-se nervoso nos primeiros minutos e permitiu ao Feyenoord controlar a partida. Os visitantes não aproveitaram muito bem, mas um arranque potente de Anis Hadj Moussa criou a primeira oportunidade, embora Alexander Nübel tenha feito uma grande defesa. Sem querer deixar escapar a sequência de cinco vitórias em casa, o Estugarda começou a impor o seu ritmo por volta dos 30 minutos, com lampejos de genialidade de jogadores como Bilal El Khannouss e Tiago Tomás no ataque.

Apesar de ter havido alguma controvérsia por uma possível expulsão de Maximilian Mittelstadt, o intervalo chegou sem grandes incidentes. O reatamento da partida trouxe um novo ímpeto ao Estugarda, que finalmente ameaçou Timon Wellenreuther com um remate de El Khannouss à entrada da área. Ayase Ueda cabeceou para fora no outro extremo do campo, mas uma dupla oportunidade para o Estugarda mostrou as suas intenções.
As oportunidades pareciam ter-se esgotado novamente, mas os donos da casa continuaram a insistir e foram recompensados generosamente a apenas seis minutos do final do tempo regulamentar. Lorenz Assignon chegou à linha de fundo e cruzou com precisão para El Khannouss, que estava praticamente solto de marcação quando cabeceou para o fundo das redes, depois de a bola bater na barra.
O Feyenoord tentou reagir, mas a pressão abriu as portas a um contra-ataque letal dos germânicos, com Chris Fuhrich e Undav, que combinaram para o último finalizar para a baliza deserta. Estes golos no final da partida colocaram o Estugarda entre os 24 primeiros classificados, com seis pontos, enquanto a equipa de Robin van Persie tem apenas metade dessa pontuação e precisa de um resultado positivo em casa frente ao Celtic na próxima jornada para voltar à disputa por um lugar na fase a eliminar.
