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O United desloca-se a Lyon para disputar a primeira mão dos quartos de final na quinta-feira, o primeiro encontro entre os dois clubes desde que o golo de Cristiano Ronaldo resolveu o jogo dos oitavos de final em 2008, na corrida para o último título do gigante inglês na Liga dos Campeões.
O empate sem golos com o Manchester City no fim de semana deixou o United no 13.º lugar da Premier League, levando Amorim a dizer que a sua equipa tem de melhorar "em todos os aspetos", uma vez que a equipa está destinada ao seu pior resultado na Premier League em pelo menos 35 anos.
A Liga Europa oferece ao United a sua única via de regresso à Europa na próxima época, mas ficar aquém do troféu em Bilbau no próximo mês teria graves repercussões financeiras.
"Não é a coisa mais importante para o Manchester United, porque temos muitas coisas para fazer, mas como se pode ver, nesta época, a Liga Europa é muito importante", disse Amorim.
"Podemos chegar à Liga dos Campeões na próxima época, podemos ganhar alguma coisa, por isso vamos fazer tudo para tentar passar à fase seguinte".
A não qualificação para a principal competição europeia deverá custar ao United mais de 100 milhões de euros, aumentando a pressão numa altura em que a margem de manobra financeira do clube já é limitada, com a prevalência de medidas de redução de custos.
"Estamos a sofrer muito para que o próximo ano seja muito melhor e é esse o nosso objetivo", disse Amorim na semana passada, admitindo que o tempo não estava do seu lado. "Estamos com pressa".
Um hat-trick de Bruno Fernandes levou o United a uma vitória por 5-2 sobre a Real Sociedad na ronda anterior, mas o médio português diz que tem de redescobrir o seu "instinto assassino" depois de não ter marcado nas duas últimas partidas.
Bruno Fernandes, cujos 16 golos esta época são quase o dobro de todos os outros jogadores no United, foi informado por Amorim que "não vai a lado nenhum" este verão, apesar das notícias de uma possível transferência para o Real Madrid.
No entanto, o que vai acontecer em Old Trafford no final da temporada provavelmente será ditado pela forma como o United termina a temporada.
O técnico do Lyon em situação complicada
Paulo Fonseca, técnico do Lyon, enfrentará esta semana um adversário que lhe é familiar. A equipa francesa vem de uma série de oito vitórias em 10 jogos, apesar da situação surreal de não ter treinador nos dias de jogo.
O português está banido do comando técnico da Ligue 1 até novembro, depois de um confronto com um árbitro no mês passado, mas a suspensão não se aplica à Liga Europa.
Contratado apenas no final de janeiro, depois de ter sido demitido pelo AC Milan, Paulo Fonseca manteve o apoio do proprietário do Lyon, John Textor, apesar de não conseguir desempenhar corretamente as suas funções.
A sua ausência não afetou indevidamente o Lyon, que está em quinto lugar em França e procura regressar à Liga dos Campeões pela primeira vez desde a sua participação nas meias-finais de 2019/20.
Esta perspetiva é tão importante para o Lyon como para o United, com o organismo de controlo financeiro do futebol francês a avisar os sete vezes campeões franceses no início da época de que seriam despromovidos se não tomassem medidas drásticas para reduzir as dívidas.
Isso poderia levar à saída de Rayan Cherki, que atravessa uma boa fase desde que a proposta de transferência para o Borussia Dortmund fracassou, marcando o golo da vitória contra o Lille no sábado, depois de o atacante ganês Ernest Nuamah romper o ligamento cruzado anterior.
Por enquanto, Cherki está totalmente concentrado em liderar a campanha do Lyon na Europa, a começar pela visita do United na quinta-feira.
"Vamos jogar com confiança e para ganhar. Estamos prontos. Esperamos por isso há muito tempo. Vai ser uma batalha de homens. Vamos ter de ir para a guerra", disse Cherki.