Recorde as incidências da partida
Umutcan A., 24 anos, de Haia, é acusado de ter agredido vários adeptos e de ter arrancado violentamente um cachecol do clube Maccabi Tel Aviv a um indivíduo.
Este homem é um dos sete suspeitos, com idades compreendidas entre os 19 e os 32 anos, que compareceram em tribunal em Amesterdão na quarta e quinta-feira.
Na noite de 7 para 8 de novembro, adeptos do clube israelita Maccabi Tel Aviv foram perseguidos e espancados nas ruas de Amesterdão, no contexto de um jogo de futebol contra o clube local Ajax. Cinco pessoas foram hospitalizadas por breves instantes.

Umutcan A. foi também reconhecido como o autor de uma mensagem de WhatsApp que mencionava uma "caça aos judeus".
"Não odeio judeus, não sei dizer por que razão disse aquilo", afirmou o arguido, que se entregou à polícia e expressou os seus remorsos perante os juízes, segundo os meios de comunicação social locais AT5.
A acusação declarou que a violência foi o resultado do descontentamento com a guerra de Gaza e as ações dos adeptos israelitas na noite anterior ao jogo.
Tentativa de homicídio involuntário
Umutcan A. apresentou vídeos, exibidos durante a audiência, de adeptos do Maccabi a entoar cânticos anti-árabes e a apelar à vitória do exército israelita.
De acordo com a polícia, a tensão era palpável antes do jogo. Os adeptos israelitas também vandalizaram um táxi e queimaram uma bandeira palestiniana.
Um outro suspeito, acusado de cumplicidade na violência por ter partilhado a localização de adeptos israelitas num dos grupos de conversa em linha, foi igualmente condenado a um mês de prisão.
O tribunal de Amesterdão, que deverá pronunciar-se no dia 24 de dezembro, pediu na quarta-feira penas de seis meses a dois anos de prisão para três outros suspeitos.
A audiência de um outro suspeito, originário da Faixa de Gaza, foi adiada para uma data não revelada, a fim de lhe permitir submeter-se a uma avaliação psicológica, informou o Ministério Público.
O homem de 22 anos é acusado de tentativa de homicídio, a acusação mais grave no caso.