“O empate era o mais ajustado, mas não aconteceu. Primeira parte com muitas dificuldades, não tivemos a qualidade com bola que devíamos ter e quando não temos a bola sofremos um bocadinho. Fisicamente a capacidade dos laterais de jogar a bola e arrancar criaram problemas. Tivemos dificuldades com o Lookman que ficava entre o Diomande e o Fresneda. Na segunda parte fizemos a mesma coisa, mas tivemos bola. Disse que tínhamos de continuar a fazer a mesma coisa, mas depois eles já estavam a chegar mais tarde, o Geny e o Edwards foram melhores a rodar e a ir para cima dos adversários e esse pormenor ajudou a mudar o jogo. Duas partes distintas e não conseguimos fazer dois golos na nossa parte, digamos assim. Desde o primeiro minuto que demonstramos que queríamos ir atrás do resultado. Até na primeira parte. A Atalanta foi melhor”, desabafou, recusando falar num eventual primeiro lugar comprometido: “Não gosto de falar do primeiro ou segundo lugar. Não sabemos se passamos ou não. Já perdemos os dois primeiros jogos da Liga dos Campeões e passámos. Agora perdemos um e ganhámos outros, além disso não dou de barato que é a Atalanta e Sporting que vão passar.”
Durante o primeiro tempo ficou patente que Iván Fresneda se encontravam muitas vezes sozinho no lado direito, mas a bola não chegava ao lateral espanhol. Rúben Amorim negou a ideia de qualquer proteção ao jovem.
“Simplesmente eles têm as indicações, o adversário estava a deixá-lo mais livre que é o habitual. O perigo estava por dentro, não era por fora. Falámos ao intervalo, eles fechavam muito o meio e deixavam o corredor, era preciso ir fora para depois voltar dentro. Às vezes os jogadores têm uma indicação e está programado na cabeça deles e não é fácil. O Diomande fez o que tinha de fazer e é um grande jogador”, atirou.
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Rúben Amorim negou também uma equipa mais preocupada com o campeonato e não com as provas europeias.
“Agora vai-se procurar razões. Em caso de dúvida o campeonato é a prioridade. Na época passada, na Europa eramos muito bons e facilitámos no campeonato, agora temos de fazer duas coisas. Perdemos o segundo jogo perante um clube italiano que joga olhos nos olhos com os melhores. Não temos de encarar com normalidade, mas o futebol é assim. Podemos procurar todas as desculpas que quisermos, fazer disto um grande drama. Não gostamos de perder, ma estas coisas acontecem e há que encarar de frente. Eles não pensaram na prioridade do campeonato, estão a dar o máximo em todos os treinos”, asseverou.
E confrontado com as críticas dos adeptos, Rúben Amorim não se escondeu.
“Temos que jogar melhor, eu assumo sempre as responsabilidades, sobretudo no mau. Eu sei que depois da última época é o risco zero. Temos de ganhar e jogar bem. Não tenho qualquer tipo de ilusão, sei que ano vamos ter. Estamos em primeiro no campeonato, não está nada perdido na Liga Europa. Gostávamos de passar em primeiro, podemos passar em primeiro , em segundo…. Eu tento fazer o melhor, quero muito ganhar, sobretudo porque não gosto que os jogadores sofram. Eu estou vacinado, não gosto que o Diomande sofra no campo porque está nervoso, que o Paulinho perca a bola e oiça o bruah das bancadas. Somos um clube grande com uma época muito má, vai haver tolerância zero e eu sei disso. No fim fazemos as contas”, explicou.

Por último a justificação pela saída de Hjulmand e a decisão de deixar Edwards no banco.
“Vem de um campeonato e uma equipa diferente. Isto é um jogo de muitos duelos, temos de ir buscar os jogadores mais longe do que é habitual. O Pote não é melhor jogador que Morten no meio-campo, simplesmente tem mais velocidade e andamento neste momento, é por aí. Em relação ao Edwards, achámos que era uma equipa física, não tínhamos o Coates nas bolas paradas e o Paulinho vinha num grande momento. Foi por isso. Agora é fácil falar, também lembrar que o Edwards está num grande momento porque o treinador insistiu. Temos uma ideia para o que vai acontecer, não aconteceu e agora é mais fácil falar”, concluiu.