Em comunicado conjunto divulgado na quarta-feira pela FMF juntamente com as principais Ligas masculina e feminina do México — Liga MX e Liga MX Femenil — as autoridades afirmaram que os comentários do avançado de 37 anos violavam as políticas de género e diversidade e constituíam uma forma de violência mediática.
Os organismos de futebol acrescentaram que Hernández fez declarações nas redes sociais que "promovem estereótipos sexistas".
A FMF impôs uma multa e emitiu uma advertência, afirmando que poderão ser aplicadas sanções mais severas se Chicharito repetir tal comportamento.
"Lamento profundamente qualquer confusão ou desconforto que as minhas palavras recentes possam ter causado; nunca foi minha intenção limitar, magoar ou dividir...", publicou o jogador nas redes sociais na quinta-feira.

"Estou a ouvir, a refletir e comprometido em me expressar com maior clareza e sensibilidade, especialmente em questões tão sensíveis. Acredito que a mudança começa por si mesmo".
"Vou aproveitar esta oportunidade para compreender, crescer e continuar a trabalhar para ser uma melhor versão de mim mesmo, com base na honestidade, no amor pela minha família, nos meus valores e no amor por todos vocês..."
O contexto
Chicharito publicou vídeos durante o fim de semana em que apelava às mulheres para que "se deixassem guiar por um homem" e as acusava de "erradicar a masculinidade".
Hernández, o maior goleador da história do México, também disse que a sociedade se tinha tornado "hipersensível" e questionou as opiniões feministas sobre os papéis domésticos.
Os comentários foram amplamente criticados como sexistas e fora de sintonia com a sociedade contemporânea, provocando a condenação de fãs e figuras públicas, incluindo a presidente mexicana Claudia Sheinbaum.
Chicharito voltou ao seu clube de infância, Guadalajara, no ano passado, depois de ter jogado em várias equipas europeias de topo, como Manchester United, Real Madrid e West Ham United.