Em nove dos 18 clubes da Liga MX, um novo técnico tentará desbancar o argentino Antonio Mohamed, campeão da última temporada com o Toluca.
Abreu, Gago e Milito são os nomes que mais repercutem devido às suas notórias carreiras como jogadores de futebol e treinadores, alguns com mais sucesso do que outros, em clubes da região.
As portas do futebol asteca também se abriram para os espanhóis: Francisco Rodríguez assumiu o comando do Santos, que tinha ficado em último lugar na tabela nos dois torneios anteriores. Guillermo Abascal, do Sevilha, assumiu o Atlético San Luis após o fim do mandato de outro espanhol, Domenec Torrent, que agora está no comando do Monterrey.
Depois de um desastroso Mundial de Clubes, o mexicano Jaime Lozano comandará o Pachuca na liga e o uruguaio Robert Dante Siboldi será o responsável pelo Mazatlan.
Enquanto isso, o Cruz Azul não deu continuidade ao uruguaio Vicente Sánchez, apesar de ter feito do clube campeão da Liga dos Campeões da CONCACAF, e deu o cargo ao argentino Nicolás Larcamón, que deixou o Necaxa.
O "catenaccio VIP" de Abreu
Sebastián Abreu continua a ser um globetrotter do futebol. Como jogador, atuou em 11 países por 32 clubes, sete deles mexicanos, sendo o último o Tigres em 2007.
El Loco continua o seu estilo nómada como treinador, uma faceta que começou em 2019. Desde então, dirigiu seis clubes em cinco países.
Abreu já tinha feito uma paragem como treinador no México em 2024 com o Dorados, da segunda divisão, e em 2025 subiu à primeira divisão com o Tijuana.
O Tijuana joga em casa contra o Querétaro nesta sexta-feira, no Estádio Caliente. Será uma oportunidade para apreciar um estilo que o próprio Loco define como "Catenaccio VIP".
"Vamos unir o melhor do estilo uruguaio com o estilo mexicano", disse Abreu. "A ideia é aplicar um catenaccio VIP, que consiste em defender com tudo quando não temos a bola para não sofrer golos, e, quando a recuperarmos, jogar com largura e associações", acrescentou.
Gago, depois da tempestade
Fernando Gago teve um retorno polémico ao futebol mexicano. Em outubro do ano passado, trocou o Guadalajara pelo Boca Juniors, que o demitiu em abril após maus resultados. A saída de Gago do Boca Juniors, que o demitiu em abril após resultados dececionantes, também foi polémica.
Em maio, Gago assinou um contrato com o Necaxa e, neste fim de semana, terá um teste difícil contra o campeão Toluca, treinado pelo também argentino Antonio Mohamed, que é muito respeitado no México.
"Vou tentar fazer com que seja uma equipa difícil de defrontar, que tenha capacidade de jogo e saiba sofrer quando os jogos não correm como queremos", disse o antigo jogador do Real Madrid na sua apresentação ao Necaxa.
Milito para esquecer Almeyda
Devido à mudança de relvado do estádio Akron, que receberá o Mundial-2026 que o México sediará em conjunto com os Estados Unidos e o Canadá, a partida entre Guadalajara e Tigres foi remarcada para 17 de setembro.
A estreia oficial de Gabriel Milito no banco do Chivas Guadalajara terá de ser adiada para o fim de semana seguinte.
Gabriel, cuja última experiência como treinador foi a derrota na final da Libertadores para o Atlético Mineiro, assumiu a responsabilidade de dirigir o Rebaño, um dos emblemas mais populares e bem-sucedidos do México.
Terá o fardo adicional de fazer esquecer o seu compatriota Matias Almeyda, que lhes deu o seu mais recente título da liga em 2017.
Durante a pré-temporada, Milito causou uma boa impressão nos seus jogadores, devido ao estilo que pretende impregnar na equipa.
"Ele gosta de jogar muito para ofender o adversário com a posse de bola, jogar curto, jogar longo e aproveitar as ocasiões que gera", disse o defesa José Castillo.