Recorde as incidências da partida
O brasileiro Luan Garcia, pouco depois da hora de jogo, e Alexis Vega, aos 82 minutos, marcaram os golos da equipa onde milita o avançado português Paulinho, que venceu a eliminatória por 2-0 no total.
Para esta final, as bancadas do estádio pintaram-se de vermelho escarlate, com a esmagadora maioria dos adeptos do Toluca a exibir orgulhosamente dois enormes tifos.
Num deles lia-se "Por la gloria" (Pela glória), acompanhado pelos números atuais do plantel. No outro, a mensagem era "Pela família", com as figuras históricas de Nemesio Diez Riega e do seu filho Valentín Díez Morodo, icónicos proprietários do Club Deportivo Toluca.
Ainda assim, as Águias não se deixaram intimidar e, desde o apito inicial, procuraram impor o seu jogo, mantendo a posse de bola com longas sequências de passes.
No entanto, o América não conseguia impor-se no último terço do terreno. Com o passar dos minutos, a equipa da casa começou a recuperar a posse de bola, mas sem conseguir criar jogadas com real perigo.
Os guarda-redes eram meros espectadores até aos 26 minutos, quando os visitantes protagonizaram o primeiro lance de verdadeiro perigo, numa saída rápida desde a defesa.
O lateral-direito Kevin Álvarez e o defesa-central Reyes trocaram dois passes em tabela e, já dentro da área, Reyes rematou cruzado e rasteiro. A bola bateu caprichosamente na base do poste esquerdo e atravessou a pequena área sem encontrar ninguém para finalizar.
Aos 40 minutos, o Toluca conquistou um pontapé de canto e os adeptos intensificaram os cânticos nas bancadas. A jogada terminou com um remate do argentino Franco Romero, que passou rente ao poste esquerdo.
Uma vitória de peso
No início da segunda parte, o avançado português Paulinho, do Toluca, começou a surgir de forma ameaçadora na área do América, mas foi travado pela defesa adversária em duas ocasiões quando se preparava para rematar à queima-roupa.
Aos 54 minutos, a tensão subiu de tom, com uma série de empurrões mútuos no meio-campo — que, no entanto, não evoluíram para confrontos mais sérios.
O Toluca conseguiu resistir ao domínio do América e chegou ao golo através de um canto, que Luan Garcia transformou no 1-0 com um cabeceamento frontal certeiro.
A partir daí, o Estádio Nemesio Diez transformou-se num verdadeiro inferno para os visitantes. Os Diabos Vermelhos estiveram muito perto de ampliar a vantagem aos 72 minutos, quando um cabeceamento do paraguaio Robert Morales explodiu na trave.
A vantagem de 2-0 surgiu na sequência de uma grande penalidade cometida pelo uruguaio Sebastián Cáceres sobre Robert Morales. Na conversão, Alexis Vega rematou rasteiro, para o lado direito, sem hipóteses para o guarda-redes Luis Malagón.
Com este triunfo, o Toluca alcança o seu 11.º título nacional. Os dez anteriores foram conquistados nas épocas de 1966/67, 1967/68, 1974/75, Verano 1998, Verano 1999, Verano 2000, Apertura 2002, Apertura 2005, Apertura 2008 e Bicentenário 2010.
Já o treinador argentino Antonio Mohamed celebra o seu quarto título do Campeonato Mexicano, cada um com uma equipa diferente. Antes, o "Turco" havia conduzido ao título o Tijuana (Apertura 2012), o América (Apertura 2014) e o Monterrey (Apertura 2019).