Na Liga 2, o futebolista do Penafiel, André Silva - irmão do internacional português Diogo Jota -, foi agredido por um adepto do Vizela depois do empate 1-1, segundo confirmou a agência Lusa.
"O jogador, que viu a partida da manhã nas bancadas do Estádio Municipal 25 de Abril, uma vez que cumpria suspensão por acumulação de cinco cartões amarelos, estava nas imediações do recinto, em zona vedada para a saída dos atletas para os respetivos autocarros, quando ia ter com os colegas e se deparou com o agressor, afeto ao clube visitante", pode ler-se na notícia.
André Silva ficou ferido no lábio, sem danos físicos maiores, enquanto o autor do ataque, após um único golpe, conseguiu fugir das autoridades sem ser identificado.
"Um elemento da SAD do Vizela pediu desculpas pessoalmente ao futebolista pelo comportamento do adepto e, pelo menos do lado do Penafiel, não foi e não deverá ser apresentada qualquer queixa pelo sucedido", continua a nota.
No escalão principal, o empate surreal entre o FC Porto e o Santa Clara (1-1) teve visados dos dois lados. O internacional brasileiro dos dragões Galeno, que desperdiçou duas grandes penalidades, viu-se obrigado a bloquear os comentários na rede social Instagram depois da enxurrada de insultos que recebeu no final da partida.
Por seu lado, o guardião dos açorianos, Gabriel Batista, coroado homem do jogo depois de segurar um ponto nos últimos segundos, divulgou uma mensagem recebida com insultos racistas e ameaça de morte. "Vou a tua casa matar-te", pode ler-se.
De regresso à Liga 2, o Tondela publicou um comunicado a repudiar o ato de racismo para com o seu capitão Hélder Tavares nas redes sociais, depois do empate 2-2 com o FC Porto B.
"Seja, como no caso, escondido atrás de um perfil (falso?), seja em qualquer situação do dia a dia, o CD Tondela sempre se pautou pela defesa da igualdade racial, não dando qualquer espaço para este tipo de comportamentos inqualificáveis e que não pode ter lugar na nossa sociedade", escreveu o emblema.
Pedem-se medidas e bom senso, não só às autoridades competentes, mas também à sociedade em geral que pode e deve fazer mais para evitar estas situações que não têm lugar no desporto.