Recorde as incidências do encontro
A vitória do Belenenses pela margem mínima (2-1) adiou as decisões para a Capital do Móvel, e foi em Paços de Ferreira que Castores e Azuis do Restelo tentaram encontrar a mobília certa para jogar na Liga 2 na próxima época.

Uma final que serviu para mobilizar a cidade de Paços de Ferreira, que procurava evitar a descida ao terceiro escalão, onde o clube não joga desde 1974. Era altura do tudo ou nada, e o estádio lotou para um jogo que, há alguns anos, seria de Liga Portugal.
Pelo histórico, era justo que todos os olhos estivessem nesta partida, mas a qualidade futebolística ficou muito aquém. A hora do jogo não terá ajudado a proporcionar o melhor espetáculo, com Rodrigo Pereira (17') a ameaçar finalmente a baliza de Marafona, mas a cabecear ao lado após cruzamento de Tiago Morgado.
Os duelos estavam tão equilibrados quanto o marcador, mas o Paços de Ferreira acabou a primeira parte com mais iniciativa e, finalmente, a jogar com a urgência de marcar pelo menos um golo para levar a decisão para o prolongamento. A equipa de Filipe Cândido não chegou a criar grandes ocasiões junto à baliza de David Grilo, mas terminou os primeiros 45 minutos com sinais positivos do que estaria por vir.

A segunda parte começou na mesma toada, mas um só deslize desequilibrou o jogo a favor do Paços de Ferreira. David Grilo mediu mal a saída dos postes e cometeu uma grande penalidade sobre Rui Fonte. Antunes (57') não tremeu na hora de assumir a responsabilidade e resgatou a equipa para o objetivo inicial: empatar a eliminatória.
A partir daí, foi um jogo de nervos, que só seria decidido no prolongamento. Filipe Cândido surpreendeu ao retirar os experientes Antunes e Rui Fonte (o avançado saiu em lágrimas), mas a decisão do técnico pacense revelou-se certeira e oportunista. Marozau (105+1') foi um dos jogadores que entrou e, na pequena área do Belenenses, com um toque magistral de calcanhar, decidiu o play-off e manteve tudo na mesma: o Paços de Ferreira na Liga 2 e o Belenenses na Liga 3.
