"Num momento particularmente desafiante, todos os envolvidos na decisão de nos colocar a jogar no Estádio do Algarve, tudo parece fazerem para não dignificar o futebol profissional, a justiça desportiva, e sobretudo o tão anunciado fair play, estando bem mais empenhados em transmitir uma imagem pouco digna, mais condizente com o paradigma vigente que anunciam, aos setes ventos, tanto quererem mudar", criticaram os lusitanistas através de comunicado publicado nas redes sociais.
Horas antes, a Liga Portuguesa de Futebol (LPFP) anunciou que o encontro a contar para a 11.ª jornada da Liga 2 se iria disputar no Estádio Algarve, a mais de 500 quilómetros da cidade do clube anfitrião.
O emblema do concelho de Santa Maria da Feira revelou que tinha chegado a um acordo com o presidente do FC Porto, André Villas-Boas, para que a partida se realizasse no Centro de Treinos e Formação Desportiva Jorge Costa, formalmente conhecido como Estádio do Olival, mas às 14:00, em vez das 20:15, condições que "foram aceites pela União de Leiria".
Contudo, "por sobreposição de horário", o FC Porto solicitou a alteração da hora do jogo para as 11:00, situação que já não foi aceite pela equipa adversária, porque "toda a preparação da equipa estaria a ser efetuada para que o jogo decorresse à noite – o que quer que isso seja, uma vez que tinham aceitado disputá-lo às 14:00".
"O impasse gerado levou a que o local indigitado para a realização do referido jogo fosse o Estádio Algarve espante-se, a mais de 500 quilómetros de Lourosa. Refira-se ainda que, por sua vez, esse mesmo estádio estará a ser utilizado a partir das 15:00 no âmbito do Damaiense-Rio Ave, a contar para a Liga feminina o que, técnica e logisticamente, constitui uma sobreposição, já que os meios necessitam de iniciar a sua preparação com algumas horas de antecedência", lamentou.
O Lusitânia de Lourosa realçou ainda que se trata de uma decisão "inadmissível e de total intransigência" por parte dos adversários de domingo, reforçando que a decisão está revestida de "contornos absolutamente incompreensíveis".
Como em todos os jogos em casa desta temporada, o emblema do concelho de Santa Maria da Feira requereu a alteração do campo, "em virtude das intervenções para cumprimento dos requisitos legais e regulamentares se encontrarem em fase de execução" no seu estádio.
Apesar de ter indicado o Estádio Cidade de Barcelos como substituto, o Lusitânia de Lourosa tem utilizado o Estádio Municipal Dr. Jorge Sampaio, em Vila Nova de Gaia, nos jogos do campeonato, com exceção da última jornada, que disputou em Famalicão.
O emblema promovido esta época ao segundo escalão nacional disputou ainda os seus jogos como anfitrião para a Taça de Portugal no Complexo Desportivo de Azevido, em Paredes.
Esta quinta-feira, a LPFP autorizou que a realização do próximo encontro em casa dos lusitanistas seja disputado no Estádio do Algarve, em Faro, situado a cerca de 520 quilómetros da cidade de Lourosa e a 360 de Leiria.
Esta situação fica a dever-se “à realização de uma intervenção” no relvado do Gil Vicente, de acordo com a LPFP.
O Lusitânia de Lourosa ocupa o 16.º posto da Liga 2, com 10 pontos e ainda não somou qualquer vitória como anfitrião.
