Reveja aqui as principais incidências da partida
De regresso a casa após somar o primeiro ponto no campeonato, Paulo Sérgio fez apenas uma mudança na equipa. Luan Campos entrou para o lugar de Rildo, com Hélio Varela a manter a titularidade, ele que se tem destacado como um dos poucos positivos dos algarvios esta época.
Quanto ao Estrela da Amadora, Sérgio Vieira de um sinal de confiança nos 11 jogadores que conseguiram a primeira vitória dos tricolores nesta edição da Liga, diante do Estoril.
Déjà vu
Habituado a fazer inícios de época fortes, que depois ajudam a superar segundas voltas menos conseguidas, o Portimonense parece ter invertido a tendência esta temporada. O começo foi dantesco, com nove golos sofridos nos dois primeiros jogos e o empate em Arouca ajudou a aliviar as preocupações.
Contudo, até o adepto mais otimista do Portimonense não conseguiu deixar de ficar preocupado quando Ronald Pereira colocou o Estrela da Amadora em vantagem aos 14 minutos. Numa jogada, Aloísio Souza descobriu o avançado nas costas da defesa, que cabeceou para o fundo das redes.
Pela terceira vez em quatro jogos o Portimonense sofria no primeiro quarto de hora. São agora 11 tentos sofridos daquela que é, a par do Chaves, a pior defesa do campeonato até ao momento.
Em vantagem, o Estrela da Amadora partiu para uma exibição personalizada. Os tricolores pressionavam alto, asfixiavam os algarvios, mas não conseguiam dar muito trabalho a Nakamura.
O Portimonense refugiava-se naquela que tem sido a boia de salvação nos últimos jogos: Hélio Varela. Com o ataque completamente virado para a esquerda, aproveitando também a propensão ofensiva de Gonçalo Costa, a equipa de Paulo Sérgio ia procurando um rasgo que permitisse aquilo que parecia impossível em termos coletivos: chegar à baliza adversária.
Uma solução
Para um futebol desgarrado existe sempre uma forma de criar perigo: as bolas paradas. E foi assim que o Portimonense conseguiu repor a igualdade.
Canto marcado na esquerda, Filipe Relvas viu Bruno Brígido defender uma primeira bola e na recarga Dener (38 minutos) antecipou-se a Kialonda Gaspar. Um golo especial para o médio brasileiro no primeiro jogo que fez em Portimão desde que regressou do Al Taee.
Contra a corrente do jogo, o Portimonense empatava a partida e ganhava motivos para sorrir e alguma esperança para as bancadas cada vez mais impacientes e que começam a contestar Paulo Sérgio.
O cansaço tomou conta
A segunda parte trouxe um jogo bastante mais dividido. O Portimonense motivado pelo empate tentava arrancar algo mais da partida. O Estrela da Amadora perdeu frescura física e sentiu claramente o controlo do jogo a fugir pelas mãos.
Ambos os conjuntos tiveram boas oportunidades para marcar – Ronaldo Tavares (55 minutos) falhou após erro de Alemão e Carlinhos obrigou Bruno Brígido a uma defesa atenta – mas o golo não chegou e à medida que o relógio ia avançado o jogo ia perdendo qualidade.
Cansadas, as duas equipas procuravam a vitória, mas sentiam a importância de conservar um ponto e a dúvida acabou por partir o duelo. Os defesas não se aventuravam no ataque, os avançados procuravam chegar o mais rápido possível à frente. Uma desgarrada que não teve resultados.
Eliminado neste mesmo estádio da Taça da Liga, o Estrela da Amadora não conseguiu a vingança desejada, mas sai do Algarve com sensações boas, sobretudo da primeira parte, e o segundo jogo consecutivo a somar pontos vitais na luta pela manutenção.
Quanto ao Portimonense parece estar no caminho de se reerguer depois do péssimo arranque. Contudo, as dificuldades continuam a ser evidentes para a equipa de Paulo Sérgio.
Homem do jogo Flashscore: Léo Cordeiro (Estrela da Amadora)
