Recorde as incidências da partida
149.º dérbi da Invicta, com clara vantagem do FC Porto, que levava até esta 16.ª jornada 102 vitórias, contra as 23 dos axadrezados.
Com Pepe de regresso, após cumprir castigo, Sérgio Conceição promoveu o regresso do capitão, relegando Zé Pedro para o banco. Alan Varela, a cumprir suspensão, deu o lugar a Marko Grujic, enquanto Evanilson ocupou a vaga de Taremi, ausente para a CAN.
Do lado do Boavista, Ricardo Paiva não pôde contar com Chidozie e Onyeamaechi, ausentes nas seleções, bem como Salvador Agra, lesionado. Deste modo, Sasso regressou ao centro da defesa, com Filipe Ferreira, Seba Pérez e Makouta como as restantes novidades, uma vez que Vukotic, titular com o Gil Vicente, começou no banco.
A primeira jogada ofensiva da partida pertenceu ao Boavista, com Bozenik a abrir largo para a direita, para Bruno Lourenço, mas com Diogo Costa a ler bem o lance e a sair da baliza para evitar o perigo.
Respondeu o FC Porto, aos 11 minutos, num livre marcado por Eustaquio, que Grujic desviou e Fábio Cardoso atirou por cima. Em cima do quarto de hora foi André Franco a bater o canto e Pepe a cabecear para defesa de João Gonçalves. Aos 16', novo canto de André Franco, novo lance de perigo, desta vez com Toni Martínez a surgir na frente de Pepe, ao segundo poste, e a cabecear para nova intervenção do guarda-redes do Boavista.
Acordar e despertar
Aos 21 minutos, também de bola parada, num livre rápido, Bruno Lourenço ganhou espaço mas deixou-se antecipar pela defesa do FC Porto, antes dos dragões chegarem ao golo, à passagem dos 23 minutos: belo passe de Eustaquio, a lançar Pepê, que cruzou rasteiro para um desvio de calcanhar de Evanilson. A bola ainda foi cortada pela defesa do Boavista mas, ao segundo poste, mais rápido, Toni Martínez encostou para o 1-0.
O Boavista não sentiu o golo sofrido. Pelo contrário. Pareceu soltar-se das amarras, partiu para o ataque e aos 28 minutos ganhou um livre, por falta de Grujic sobre Reisinho, que Tiago Morais bateu e Bruno Lourenço, solto de marcação, entre os dois centrais do FC Porto, cabeceou como quis para o golo do empate.
O jogo voltou à fórmula inicial, o FC Porto retomou o controlo da partida mas aos 32 minutos, depois de Toni Martínez ter tentado desviar de peito a bola para a baliza, João Gonçalves lançou Tiago Morais para o contra-ataque e o cruzamento foi desviado pelo cabeceamento de Bozeník, forte mas ao lado da baliza de Diogo Costa.
Aos 37 minutos novamente Bozeník, agora de pé direito, e de meia distância, a disparar e a ver Diogo Costa voar para uma enorme defesa, negando o golo da reviravolta. A resposta do FC Porto chegou igualmente de meia distância, num remate de Pepê que saiu por cima da baliza do Boavista.
Apesar do domínio azul e branco, a pantera conseguiu sempre deixar a equipa de Sérgio Conceição de sobreaviso nos contra-ataques durante a primeira parte.
Esperar antes de reagir
Galeno aqueceu ao intervalo mas Sérgio Conceição optou por manter os onze que iniciaram o jogo no reinício da partida, para a segunda parte, onde Pepê deu o primeiro aviso, aos 50 minutos, com remate em zona frontal mas fraco e fácil para João Gonçalves.
Aos 53 minutos, novamente o Boavista a importunar a defesa do FC Porto, com cruzamento de Bozeník, desvio de Reisinho e remate de Seba Pérez, ao lado da baliza de Diogo Costa. Aos 55' foi João Mário a derivar para o meio e, à imagem do que sucedeu frente ao Chaves, a rematar de pé esquerdo: desta vez, porém, o remate do lateral do FC Porto saiu por cima da baliza.
Quem marca... sai
Em cima da hora de jogo Sérgio Conceição mexeu mesmo, e em dose dupla, lançando Galeno e Francisco Conceição nos lugares de Toni Martínez, autor do golo do FC Porto, e André Franco. Do lado do Boavista, Ricardo Paiva respondeu, tirando Bruno Lourenço, precisamente o autor do golo do Boavista, para lançar Luís Santos, que segundos depois derrubou Wendell e viu cartão amarelo.
Aos 65', lançado por Pepê, Evanilson rematou cruzado, ao lado, mas já em posição de fora de jogo. Aos 68' foi Eustaquio a testar a pontaria, mas o remate foi desviado por Abascal e deu canto. Seria a última intervenção do médio canadiano, que aos 69 minutos deu o lugar a Nico González. Ricardo Paiva voltou a reagir e aos 70 minutos tirou Reisinho para colocar Ibrahima Camará.
Dois minutos depois de entrar, Nico González esteve pertíssimo de um golo de belo efeito, mas o remate do espanhol passou a rasar a barra da baliza do Boavista.
A carne toda no assador
Aos 77 minutos Ricardo Paiva esgotou as alterações, lançando Vukotić, Martim Tavares e Berna nos lugares de Filipe Ferreira, Seba Pérez e Tiago Morais, antes de Sérgio Conceição arriscar tudo, aos 79 minutos, com Iván Jaime e Namaso por João Mário e Grujic.
Caldo entornado
Aos 88 minutos Vukotic derrubou Pepê à entrada da área, viu amarelo e logo depois o caos instalou-se no Bessa, com vários empurrões entre jogadores, começando por Ibrahima Camará e Wendell. O árbitro Manuel Oliveira mostrou o vermelho direto ao médio do Boavista, exibindo o amarelo a Pepê, com o jogo a demorar a ser reatado, para visão redobrada por parte do VAR, sem fazer mais vítimas disciplinares.
Já dentro dos 11 minutos de compensação, Francisco Conceição marcou o livre, que saiu a rasar a barra da baliza de João Gonçalves.
Aos 90+3' novo remate de Nico González, forte, valendo os reflexos de João Gonçalves a desviar a bola.
Ao ritmo dos vermelhos para o banco do Boavista, primeiro para Jorge Couto, depois para Fary, os axadrezados iam tentando atrasar a reação do FC Porto que, aos 90+7 minutos, esteve pertíssimo do 2-1, com um remate de Namaso, após erro individual de Pedro Malheiro, a passar a centímetros do poste da baliza de João Gonçalves.
Aos 90+9' foi Galeno, também em arco, a tentar o golo, em mais uma tentativa que saiu por cima da baliza do Boavista.
O FC Porto tentou de tudo, Sérgio Conceição colocou todas as unidades ofensivas em campo e até Pepe, aos 90+11 minutos, surgiu na frente para rematar contra a muralha defensiva e, na recarga, atirar por cima da baliza dos axadrezados.
Homem do jogo Flashscore: Tiago Morais (Boavista)