Festa para o avô e para o Neto: Sporting despede-se da Liga e do Chaves com pleno caseiro

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Festa para o avô e para o Neto: Sporting despede-se da Liga e do Chaves com pleno caseiro

Atualizado
Gyokeres bisou e Neto despediu-se na segunda parte
Gyokeres bisou e Neto despediu-se na segunda parteLUSA Opta by Stats Perform
O Sporting completou o pleno de vitórias em Alvalade, ao vencer o Chaves na última jornada da Liga Portugal. Um bis de Viktor Gyokeres na primeira parte e um golo de Paulinho na segunda confirmaram uma época perfeita dos leões em casa e que acabou com mais um registo histórico, uma vez que o Sporting foi a primeira equipa a marcar em 34 jornadas da Liga Portugal.

Recorde aqui as incidências do encontro

Dia de festa e de despedidas em Alvalade. A despedida do Desportivo de Chaves, que já tinha confirmado a descida de divisão, a de Adán, que ainda está lesionado e não pode jogar, e a de Neto, que foi titular e capitão num jogo praticamente dominado por inteiro pelo Sporting.

As pontuações dos jogadores
As pontuações dos jogadoresFlashscore

Em termos práticos, era meramente o cumprir de calendário depois de uma época bem diferente para as duas equipas, mas há sempre algo em disputa. Os transmontanos queriam sair com uma boa imagem, enquanto o Sporting procurava vários registos: recorde de marcar em todos os jogos da Liga, recorde de 90 pontos e recorde de vencer todos os jogos em casa para o campeonato. Aos poucos, os leões foram colocando um check na lista de objetivos.

Alvalade vestiu-se de gala e trouxe figuras ilustres. Nas bancadas foi possível ver Dolores Aveiro, Ferro Rodrigues e Nani, enquanto no relvado era o novo equipamento leonino, em homenagem a Francisco Stromp, que dava nas vistas. As opiniões, essas, terão sido bem divergentes.

Para qualquer festa é preciso levar outro tipo de utensílios além do novo dress code. No futebol, não há festa como a do golo. Gonçalo Inácio (4') esteve muito perto de abrir a pista de dança com um cabeceamento forte ao poste da baliza do Chaves onde estava Gonçalo Pinto, guarda-redes que já antes tinha evitado que Morita atirasse os foguetes logo no primeiro minuto de jogo.

Mas em cada festa há alguém antissocial que preferia ter ficado em casa. Não foi o caso dos jogadores do Desportivo de Chaves, diga-se. A equipa de Moreno tentou ao máximo contribuir para o espetáculo e, depois daquela boa entrada do Sporting, também teve a sua quota parte de protagonismo, mas Sanca (8') preferiu ficar a um canto e rematou ao lado da baliza de Diogo Pinto.

Durante alguns instantes, a banda sonora em Alvalade tocou um som pouco habitual. Desde as bancadas, os adeptos leoninos gritaram o nome de Neto para pedir que fosse o internacional português a cobrar um possível penálti sobre Trincão, que caiu na área flaviense após uma série de passos de dança digno dos melhores momentos de Michael Jackson interrompidos pelo braço de Vasco Fernandes. Com recurso ao VAR, Manuel Oliveira mudou de ideias e não houve direito a penálti... por alguns minutos.

Não foi aí, foi minutos mais tarde. Um lance de insistência de Nuno Santos levou Guima a usar os braços no deslize, num movimento de dança proibido no futebol. Apesar dos pedidos vindos da bancada, foi Gyokeres a bater e a inaugurar as celebrações de penálti (23 minutos).

A festa leonina teria sido ainda maior caso Neto tivesse mesmo marcado minutos mais tarde, mas se o experiente defesa estava a fazer a despedida do Sporting, foi o estreante Gonçalo Pinto que brilhou na baliza do Chaves para adiar por instantes o 2-0, na sequência de um lance de bola parada. Apenas dois minutos mais tarde, o golo chegou mesmo.

Neto esteve interventivo na despedida
Neto esteve interventivo na despedidaLUSA, Opta by Stats Perform

Com o Sporting já no domínio completo da partida, Trincão voltou a fazer o que quis dos defesas transmontanos, entregou a Pedro Gonçalves e a movimentação de Esgaio, que fez a assistência, foi decisiva para o golo de Gyokeres (37 minutos).

O final da primeira parte acabou por ser o momento mais caótico desta festa de final de tarde em Alvalade. Num curto espaço de tempo, Gyokeres teve o hat-trick anulado por uma falta de Coates junto à área oposta e, na sequência desse lance, Júnior Pius deixou o Chaves reduzido a 10 após agressão a Hjulmand em cima do intervalo. Tal como aconteceu contra o FC Porto, o nigeriano foi o primeiro a abandonar o local.

As estatísticas da partida ao intervalo
As estatísticas da partida ao intervaloOpta by Stats Perform

Aplausos para o senhor Neto

Com a vantagem no número de jogadores e no marcador, a segunda parte entrou ainda mais num ritmo festivo. Tal como no primeiro tempo, o Chaves mostrou-se relutante em fazer parte das celebrações e ameaçou a baliza de Diogo Pinto logo ao primeiro minuto, por João Correia (46 minutos).

No entanto, a segunda parte viria a ficar marcada por dois grandes momentos de dois nomes que foram decisivos para o primeiro campeonato da era Rúben Amorim.

Lançado ao intervalo, Paulinho (55 minutos) aproveitou um grande passe de Neto para o cruzamento de Nuno Santos e fez um golaço que fez com que as bancadas cantassem um dos greatest hits da temporada: "Se o Paulinho mostra os dentes..."

Para completar as celebrações, nada melhor do que uma homenagem de pé a Luís Neto, que saiu ao minuto 58, teve direito a aplausos, música e a um caloroso abraço de Rúben Amorim numa saída que demorou cerca de três minutos e que marcou o antecipar do recolher a casa, ainda que houvesse mais de meia hora de programa pela frente, com o jovem Francisco Silva a ter tempo de atuar cerca de 10 minutos.

Perto do fim, o fogo de artifício embelezou a festa do campeão, que vai agora focar-se na final da Taça de Portugal frente ao FC Porto porque só esse título vai fazer desta uma época memorável em Alvalade. 

Homem do jogo Flashscore: Viktor Gyökeres (Sporting)

As estatísticas no final da partida
As estatísticas no final da partidaOpta by Stats Perform