Recorde aqui as incidências do encontro
O final da época 2023/24 jogou-se em Braga com o último lugar do pódio como prémio. Para isso, o SC Braga precisava de vencer na despedida de Rui Duarte do comando interino do clube. Do outro lado, um FC Porto sem o castigado Sérgio Conceição no banco, com o seu lugar a ser ocupado por Vítor Bruno, sem grandes mexidas nos onzes dos dois lados.
Lateral direito entrou com o pé esquerdo
Duas faixas onde se podia ler "Até ao último segundo, até à última gota de suor" adornavam as bancadas quando as equipas subiram aos relvados. Parecia ser um presságio para o que viria a acontecer numa Pedreira com a casa quase lotada para o último espetáculo desta temporada.
Dentro das quatro linhas, pertenceu ao FC Porto a primeira ocasião num cabeceamento dividido entre Nico e Paulo Oliveira que saiu ao lado, castigando a falta cometida por Víctor Gómez, que viu cartão amarelo muito cedo no encontro. O lateral espanhol esteve apenas 12 minutos em campo porque viu a segunda cartolina após falta sobre Galeno, incendiando as bancadas. Os arsenalistas tinham uma montanha para escalar.
Pizzi foi o preterido pelo técnico bracarense, que lançou Vítor Carvalho e recuou Ricardo Horta para lateral. Se já estava amarrado, o jogo entrou num autêntico colete de forças, com poucos lances de perigo e meias oportunidades que eram neutralizadas pelas pontas das botas ou por bloqueios no momento do remate. O SC Braga, pelo menos, atrevia-se na frente.
Havia mais a ser escrito sobre as decisões de arbitragem, do que propriamente do futebol jogado, o que não é um bom indício para um jogo de alta tensão, ainda por cima tão cedo no encontro. Nuno Almeida parece ter perdido um pouco o controlo e assinalava faltas em todos os toques e toquezinhos. Nem de propósito, Ricardo Horta caiu na grande área e ficou a pedir penálti, não atendido pelo árbitro e pelo VAR.
Felizmente, não foi preciso esperar muito pelo intervalo no final de uma primeira parte que não trouxe lances de perigo, nem vai deixar muitas saudades.
Finalmente, futebol
O reatamento trouxe mudanças, com João Mário no lugar de Martim Fernandes e a primeira real oportunidade do encontro, num cabeceamento ao de leve de Evanilson em zona promissora. Os dragões vieram muito melhor do balneário, somando aproximações perigosas e montando um cerco à área adversária.
Em lances consecutivos dos 50 aos 52 minutos, Otávio acertou no poste, Pepê apareceu em zona promissora, mas Matheus agigantou-se para travar o seu remate e a recarga de Francisco Conceição e, logo a seguir, voou para negar um belo remate em arco de Galeno. Três intervenções gigantes da lenda bracarense entre os postes.
Mas o SC Braga não estava adormecido e, na resposta, Bruma construíu bem, lançou o cruzamento de Borja à esquerda e Wendell foi o bombeiro de serviço que impediu o golo certo de Ricardo Horta. O jogo voltou a uma toada mais morna depois de uma série de más decisões, até que Nico rematou para nova defesa segura de Matheus.
Francisco Conceição ainda tentou dar um abanão com um remate em arco perto do poste, na sua última ação em campo antes de ser rendido por Taremi. Do outro lado, Niakaté ficou a centímetros de colocar os bracarenses na frente com um cabeceamento perto do ferro. Para os últimos 10 minutos, Rui Duarte arriscou e lançou Banza e Rony Lopes, autor do golo da vitória na última jornada.
Galeno trouxe o clima
Do outro lado, Vítor Bruno (ou Sérgio Conceição) acertaram em cheio no jogo dos bancos. Aos 83 minutos, os recém-entrados Eustáquio e Taremi ligaram-se, com o iraniano a fazer um passe perfeito para Galeno que, na área, rematou em arco à saída de Matheus para, finalmente, inaugurar o marcador.
Os arsenalistas, no entanto, nunca baixaram os braços e foi necessária a pronta intervenção de Diogo Costa para colocar um fim ao bailado de Álvaro Djaló na grande área.
Homem do jogo Flashscore: Galeno (FC Porto).
