Reveja aqui as principais incidências da partida
De regresso a casa depois da derrota com o Farense, o Estoril apresentou duas mudanças no onze. Impedido de jogar com o Sporting, clube que o cedeu ao conjunto canarinho, Mateus Fernandes cedeu o lugar no meio-campo a Michel. Na frente, Guitane entrou para o trio mais ofensivo, por troca com Fabrício.
No primeiro onze como campeão nacional, Rúben Amorim também fez três mudanças. A primeira já tinha sido anunciada, com Diogo Pinto a tomar o lugar do lesionado Franco Israel na baliza leonina e a reservar já uma medalha. Daniel Bragança e Morita formaram a dupla do meio-campo, com Hjulmand e Paulinho (Pedro Gonçalves avançou no campo) a ficar no banco.
Ambiente de festa
Quase uma semana depois da enchente no Marquês de Pombal, o Sporting voltou a campo e o ambiente de festa não esmoreceu. A equipa foi recebida por centenas de adeptos, com uma onde verde a colorir as bancadas do António Coimbra da Mota que se estendia até às varandas dos prédios circundantes.
Antes do apito inicial outro momento de nota: o Estoril formou uma guarda de honra para o novo campeão nacional. Um bonito gesto de desportivismo, cada vez mais raro.
Jogo de espelhos
O ambiente de festa estendeu-se ao relvado. Minutos antes de subir ao relvado, o Estoril libertou-se de um verdadeiro peso quando garantiu a manutenção direta graças ao empate do Portimonense.
Com o Sporting no controlo da posse de bola e a procurar atacar pelo lado esquerdo, aproveitando também o dinamismo de Pedro Gonçalves. De regresso à frente de ataque, o internacional português foi o verdadeiro joker, criando dificuldades entre linha e definido sempre por onde o emblema leonino atacava.
Contudo, a partida ia-se desenrolando a um ritmo mais tranquilo e só aos 44 minutos surge aquilo que se pode considerar uma oportunidade de verdadeiro perigo, quando Pedro Gonçalves surgiu isolado e disparou fraco para Marcelo Carné segurar.
Mexeu um pouco com a partida, já que no minuto seguinte, Rafik Guitane libertou Rodrigo Gomes e o internacional sub-21 disparou um remate potente ao poste. Um momento de emoção a fechar um primeiro tempo tranquilo para as duas equipas que pareciam presas num verdadeiro jogo de espelhos em que os sistema táticos são idênticos.
Uma questão de honra
Num segundo tempo que ameaçou ir pela mesma toada, Rúben Amorim deu o mote. Para não deixar a equipa cair num eventual sentimento de adormecimento lançou Nuno Santos e Paulinho, recuou Pedro Gonçalves para o meio-campo e deixou o conjunto leonino mais ofensivo.
E as mudanças fizeram efeito, despertaram a equipa. O Sporting sentiu que era uma questão de honra conseguir o triunfo numa partida onde, de facto, já pouco mais havia a jogar. Contudo, esbarrou em Marcelo Carné. O guarda-redes brasileiro mostrou reflexos atentos para negar os remates de Pedro Gonçalves (63 minutos), Gyökeres (64 minutos), Diomande (70 minutos), Francisco Trincão (77 minutos) e começar a frustrar as hostes leoninas.
Foi preciso mostrar os dentes
E quando parecia que o Sporting ia ficar pela primeira vez em branco nesta edição da Liga, eis que surgiu um dos destaques menos falados nesta temporada. Exatamente três anos depois de ter marcado ao Boavista para selar o primeiro campeonato da era Rúben Amorim, Paulinho voltou a desbloquear uma partida para os leões.
Nuno Santos surgiu na esquerda cruzou para a área, onde o avançado surgiu ao segundo poste para marcar o tento. Explodiu o António Coimbra da Mota (e prédios circundantes) e em uniu-se ouviu-se a famosa adaptação de Freed from Desire dedicada a Paulinho.
Até final foram minutos de festa. O Estoril tentava responder, mas não conseguiu incomodar a baliza de Diogo Pinto. Pelo meio, espaço para mais um campeão nacional: membro assíduo da equipa B, Miguel Menino foi lançado para o meio-campo e estreou-se na Liga.
Com esta vitória, o Sporting chegou aos 87 pontos com o 28.º triunfo, um recorde no principal escalão. Já o Estoril soma 33 pontos e está na 13.ª posição.
Homem do jogo Flashscore: Paulinho (Sporting)