Recorde aqui as incidências do encontro
Os canarinhos tinham aqui uma boa hipótese para quebrar a série de três derrotas consecutivas e fugir aos últimos lugares do campeonato, num reencontro do treinador Álvaro Pacheco e do avançado Cassiano com o seu antigo clube. Em relação ao desaire em Barcelos (5-3), houve um total de quatro mudanças, com destaque para a presença de Marcelo Carné entre os postes.

Já nos vizelenses, que venderam cara a derrota na receção ao campeão nacional Benfica (1-2), Pablo Villar manteve a confiança na maioria dos jogadores e só trocou Bustamante por Alberto Soro.
Prometer sem cumprir
Os anfitriões entraram melhor no encontro, controlaram as incidências e aproximavam-se regularmente da área adversária, embora uma série de paragens tenha interrompido o ímpeto do encontro. Agradeciam os adeptos que, aos 20 minutos, ainda estavam a entrar no estádio Coimbra da Mota, muito bem composto esta tarde.
A equipa da Linha somava oportunidades e desperdiçava-as no momento de definição. Em dois para um, Rodrigo Gomes podia ter assistido Cassiano, mas quis fazer tudo sozinho e rematou ao lado, depois a receção de peito de Guitane tirou-lhe a possibilidade de visar a baliza, na cara de Buntic.
O Vizela despertou antes do descanso, num lance com alguma sorte à mistura de Matias Lacava, que fugiu pelo flanco esquerdo e tirou um cruzamento perigoso à procura de Essende, que não chegou a tempo.

Chuva de golos
A segunda parte trouxe aquilo que a primeira prometeu: golos. Aos 53 minutos, Rafik Guitane pegou na bola entre linhas, conduziu-a até à entrada da área onde armou um remate rasteiro e colocado que ainda bateu no poste antes de beijar as redes.
A resposta não foi imediata, mas não se fez tardar. Ainda não tinham passado 10 minutos do golo inaugural quando Eric Cabaco passou para o interior da área para Essende, com um belo movimento, receber de costas para a baliza e rematar à meia volta para fora do alcance de Marcelo Carné.
No entanto, o Estoril mostrava-se mais incisivo e com maior fulgor ofensivo e não foi uma surpresa quando voltou novamente à vantagem, apenas cinco minutos depois. E o que dizer da assistência de João Marques? O jovem português - internacional sub-21 - tem sido uma das grandes surpresas neste arranque de temporada e percebe-se bem porquê. Na ressaca a um pontapé de canto, tirou a cartola e varinha de mágico com um excelente cruzamento de trivela para o cabeceamento certeiro de Bernardo Vital.
Balde de água fria
Até ao apito final, o Vizela aumentou a pressão junto da baliza estorilista, apesar de Heriberto Tavares ainda ter marcado, mas em posição de fora de jogo. Ainda assim, no último lance do jogo, num pontapé de canto, Dylan Saint-Louis estava solto de marcação ao segundo poste e desviou para o empate.
Foi um banho de água gelada num estádio bem composto e que deixa o Estoril na mesma situação anterior ao apito inicial: no penúltimo lugar e com a segunda pior defesa do campeonato.
Homem do jogo Flashscore: João Marques (Estoril).