Recorde aqui as incidências do encontro
Depois da primeira vitória em sete jogos na receção ao Portimonense (3-0), o Estrela da Amadora caiu no Dragão na jornada anterior (2-0), mas apostou no mesmo onze para conseguir conquistar três pontos que afastavam a turma de Sérgio Vieira da linha de água. Do outro lado, um Chaves que finalmente quebrou uma série de nove jogos sem triunfar na ronda anterior.

Num arranque de jogo bem mexido, o Estrela motivou-se em demasia num ataque pelo flanco esquerdo e cruzamento bem agarrado por Hugo Souza. Astuto, o guardião pontapeou na frente, Jô Batista cabeceou para lançar Hector Hernández na área e o avançado espanhol, como habitual, não desperdiçou e inaugurou o marcador.
Após uns minutos iniciais de grande expetativa, o jogo entrou numa toada mais morna, com muitas paragens e só à passagem da meia hora o perigo voltou a rondar uma das balizas, neste caso num lance passível de grande penalidade entre André Luiz e Essugo, com o árbitro Artur Soares Dias a mandar jogar após análise do VAR.
Seguiram-se momentos de muito aperto para os flavienses, primeiro com Hugo Souza numa excelente dupla intervenção a cabeceamento de Kialonda Gaspar, pouco depois a voar para travar um remate de Aloísio que ainda desviou num defesa. Os tricolores aproximavam-se e cheirava a empate...
Água mole em pedra dura...
Numa altura em que a chuva caía a potes na Amadora, surgiu, finalmente, a igualdade graças a um erro de abordagem de Hugo Souza. Depois de brilhar, o guarda-redes não teve mãos para segurar o cabeceamento à figura de Ronaldo Tavares, com a bola a bater no relvado molhado e a escapar ao guardião.
O último lance da primeira parte trouxe alguma justiça ao marcador.

No reatamento, os treinadores mostraram que não queriam baixar o ritmo das equipas com duas mexidas para cada lado. Para o Estrela entraram Régis Ndo e Nanu, do outro lado foram a jogo Leandro Sanca e Benny Sousa, em detrimento dos lesionados Sandro Cruz e Hector.
Tal como no fim da primeira parte, o Estrela da Amadora estava mais perigoso, com Ronaldo Tavares a ficar perto do bis depois de uma boa jogada de Jabá. O brasileiro é que ainda se deve estar a perguntar como não fez golo aos 64 minutos, ao desperdiçar, de forma clamorosa, um cruzamento do recém-entrado Nanu.
Numa rara ocasião, Jô Batista tentou a sorte com o pé direito - o pior - e só não fez um dos golos da jornada porque a cabeça de Pedro Mendes estava pela frente. Houve muito nervosismo nos minutos finais e pouca qualidade, com a jogo a ficar cada vez mais aberto e a repetirem-se os passes errados e perdas de bola.
Já em tempo de descontos, gritou-se golo para os lados de Trás-os-Montes na melhor ocasião de toda a segunda parte, num lance fortuito e de algum azar para os flavienses. Na ressaca a um canto, a bola sobrou na grande área para os pés de Bruno Rodrigues, o defesa picou sobre Bruno Brígido, mas acertou na trave. Na recarga, Guzzo ainda pediu grande penalidade, mas estava fora de jogo.
Não ficaria por aqui a emoção do encontro, já que no último minuto, Jean Felipe arriscou de longe e de pé esquerdo, num pontapé com selo de golo que encontrou a junção dos ferros Hugo Souza. Um final condizente com um belíssimo jogo de futebol, em que só faltou pontaria para haver mais golos.
Homem do jogo Flashscore: Léo Jabá (Estrela da Amadora).