A Assembleia-Geral do Benfica, no Pavilhão n.º2 da Luz, foi interrompida este sábado, ainda antes de almoço, devido à forte contestação a Luís Filipe Vieira, quando o ex-presidente se preparava para falar.
Luís Filipe Vieira ia tomar da palavra no palanque quando os sócios do Benfica exaltaram-se. Enquanto alguns abandonaram o Pavilhão n.º2 da Luz, outros insultaram e assobiaram o antigo presidente.
"O Benfica é nosso e há-de ser", ouviu-se no pavilhão, impedindo Luís Filipe Vieira de falar aos associados. Rui Costa, presidente do Benfica, ainda se levantou para tentar acalmar a situação, mas Luís Filipe Vieira continuava a ser assobiado, depois de ter dito parcas palavras.
O presidente da Mesa tentou ainda retomar uma Assembleia Geral onde Rui Costa discursou na abertura, com os candidatos Martim Mayer, Cristóvão Carvalho, Noronha Lopes e João Diogo Manteigas também já com palavras aos sócios do emblema encarnado.
Numa altura em que o presidente da Mesa, José Pereira da Costa, conferenciava com todos os candidatos, os ânimos exaltaram-se, vários sócios aproximaram-se da zona e assistiram-se a cenas de violência.
A Assembleia Geral do Benfica será agora retomada às 14:30, caso estejam reunidas as condições de segurança necessárias.
Além da AG ordinária para apreciar e votar o relatório de gestão e as contas do exercício de 2024/2025, realizar-se-á também hoje uma AG extraordinária, em que será apresentado, discutido e votado o regulamento eleitoral com vista às eleições de 25 de outubro.
Até ao momento, são conhecidos sete candidatos, que terão de oficializar as respetivas listas até 10 de outubro: o atual presidente, Rui Costa, Luís Filipe Vieira, João Noronha Lopes, João Diogo Manteigas, Martim Mayer, Cristóvão Carvalho e Paulo Parreira.
No escrutínio de há quatro anos, Rui Costa foi eleito presidente do Benfica com 84,48% dos votos, contra os 12,24% de Francisco Benítez, no ato eleitoral mais concorrido da história do clube benfiquista, com 40.085 votantes.