Reveja aqui as principais incidências

O famoso caderno de Bruno Lage, onde estava espelhado o calendário da semana do Benfica, deixava antever mudanças diante do Santa Clara. Depois da viagem para o Mónaco, os encarnados tinham uma viagem até aos Açores e com alguns jogadores no limite era preciso rodar. Mas decerto que ninguém esperava seis mudanças.
Leandro Santos fez a estreia a titular, Samuel Dahl a estreia absoluta, Bruma e Belotti apareceram num onze em que apenas Trubin, Álvaro Carreras, António Silva, Otamendi e Florentino Luís eram sobreviventes. Tanta mudança podia levar a alguns problemas e foi o Santa Clara que até começou melhor.

Com claras falhas na adaptação ao relvado de São Miguel, Carreras escorregou e deixou Vinícius Lopes na cara de Trubin, mas o guarda-redes agigantou-se e negou o golo. No outro lado, Belotti ficou a centímetros de abrir o ativo, mas numa primeira tentativa viu Gabriel Batista defender e na segunda não teve pontaria suficiente para acertar na baliza vazia.
Pouco passava do quarto de hora e a estratégia do Santa Clara ia dando resultado novamente, quando um erro de Carreras deixou Gabriel Silva a encarar António Silva. O brasileiro passou para Ricardinho e Trubin voltou a ser importante para negar o golo. Foi o canto do cisne de um Santa Clara que depois pareceu perder a capacidade de sair e durante a primeira parte não fez mais nenhum remate. Já o Benfica viu António Silva acertar na trave, num livre de Samuel Dahl, sueco que demonstrou apetência na hora das bolas paradas.

As mudanças pareciam ser o tema desta partida, mas os velhos hábitos acabaram por decidir. Ao intervalo, Bruno Lage lançou Kokçu e o Benfica ganhou outra clarividência ofensiva com o turco no comando do meio-campo. E quem ganhou com isso foi Bruma.
Depois de bisar ao Santa Clara a 22 de dezembro, com a camisola do SC Braga, o internacional português voltou a ser feliz, mas desta feita com o símbolo do Benfica. Numa jogada iniciada por Kokçu, Amdouni cruzou rasteiro e Bruma emendou à boca da baliza para fazer o golo e fazer suspirar Bruno Lage. Foi o quarto golo na Liga, três foram em São Miguel.
O golo, conjugado com a imprudente expulsão de Sidney Lima (76’, por travar Pavlidis depois de ter visto o primeiro amarelo por protestos) podia ser o que o Benfica precisava para começar a pensar no Mónaco, mas as mudanças de Lage deixaram as águias sem o controlo da partida.
Frederico Venâncio ficou perto do golo num remate ao lado após um livre, enquanto Gabriel Silva arrancou uma jogada pela direita e ficou perto do golo, mas a bola acabou nas mãos de Trubin. Sentia-se o nervosismo, Nuno Félix e João Rego foram lançados nos últimos minutos, Dahl acabou na faixa direita, num Benfica remendado. Foi com toda a gente em pé, e Pavlidis a tentar voltar aos golos, mas a ver Gabriel Batista a fazer uma excelente defesa, que a partida acabou.
Apito final e o Benfica somou a terceira vitória consecutiva na Liga, aplicando pressão no Sporting, já que o primeiro lugar está, provisoriamente a um ponto. Já o Santa Clara é o quinto classificado, com 38 pontos.
Homem do jogo Flashscore: Bruma (Benfica)
