Recorde as incidências da partida
Após uma viagem muito longa a meio da semana a Almaty, no Cazaquistão, o Vitória SC apareceu de cara lavada para a receção ao Gil Vicente, com seis mudanças no onze promovidas por Rui Borges, e deu um recital de futebol ofensivo ao conjunto gilista, que chegava a este encontro numa série de três derrotas para o Campeonato.

Imune a qualquer tipo de desgaste, os vitorianos apresentaram-se com três ou quatro velocidades acima do adversário e a vantagem tangencial alcançada em tempo de intervalo pesava claramente por ser escassa, face aos muitos lances de perigo criados pelos conquistadores junto à baliza de Andrew.
Sufoco vitoriano
Logo aos cinco minutos, Jesús Ramirez esteve perto do primeiro, mas Josué Sá ofereceu o corpo às balas para impedir que o remate do venezuelano encontrasse as redes da baliza contrária. Seguiram-se oportunidades para Kaio César (13'), Händel (21') e Jesús Ramirez (25'), perante a incrível inoperância da turma de Bruno Pinheiro, que apresentou uma falta de capacidade gritante para reter bola e progredir no terreno.
O único lance de aproximação da equipa de Barcelos à baliza de Bruno Varela aconteceu aos 34 minutos, num remate sem história do apagadíssimo Fujimoto, pouco depois de uma defesa enorme de Andrew a um livre direto batido por Nuno Santos, em cima da meia hora de jogo.
As oportunidades para o Vitória SC adensaram-se nos últimos cinco minutos do primeiro tempo e, depois de um remate perigoso de Bruno Gaspar (40') e uma bola na barra de Manu (41'), o golo apareceu mesmo para conferir justiça ao resultado em tempo de intervalo, por intermédio de Jesús Ramirez, aproveitando uma defesa incompleta de Andrew a remate de Nuno Santos.

Lei de Murphy
"Se alguma coisa puder correr mal, correrá mal". O Gil Vicente precisava de uma mudança radical para a segunda metade, mas os primeiros minutos foram fatais para os gilistas. Logo aos dois minutos, um cruzamento de João Mendes resultou no auto-golo de Sandro Cruz e... tudo ficou ainda mais difícil para os visitantes.
Ainda antes da hora de jogo, o Vitória SC viria a chegar aos três golos de vantagem, através de Manu Silva (59'), com um cabeceamento certeiro do camisola 6 dos vitorianos, a corresponder da melhor forma a um canto cobrado por Nuno Santos, e este seria mais um rude golpe nas (poucas) aspirações do Galo.
Mesmo com algumas mudanças circunstanciais operadas por Bruno Pinheiro, o Gil Vicente continuou muito desligado, sem capacidade para discutir bolas e oferecer algo positivo ao jogo, e Rui Borges no lado contrário aproveitou para refrescar a equipa olhando para o calendário apertado e difícil que tem pela frente. E ainda deu para mais um golo, da autoria de Nélson Oliveira (90').
Melhor em campo Flashscore: Nuno Santos (Vitória SC)
