Caso Gyökeres
É a grande novela do mercado nacional e internacional e promete durar mais umas semanas, pelo menos. O avançado sueco não se apresentou na Academia Cristiano Ronaldo e tudo indica que irá falhar o regresso aos trabalhos, que estava marcado para sábado.
O Arsenal ainda não desistiu de contratar o internacional sueco, até porque Gyökeres tem dado sinais mais do que evidentes de que quer jogar nos Gunners na próxima temporada, sendo que até já terá um acordo com a equipa inglesa válido por cinco épocas.
Nesta altura, a saída da grande referência ofensiva dos leões nas últimas épocas parece inevitável, independentemente dos valores, mas este é um braço de ferro que está e vai continuar a pesar no planeamento da época verde e branca.

Manter a fórmula?
A pré-época serve para recuperar os índices físicos, mas também afinar estratégias para a nova temporada. Isso passa, claro, por questões táticas.
Rui Borges chegou a Alvalade e apostou rapidamente no 4-4-2. Se é certo que o impacto inicial foi positivo, com um triunfo diante do Benfica que se revelou decisivo nas contas finais do campeonato, uma fase menos conseguida forçou o técnico de Mirandela a recuperar a tática de Amorim para dar maior conforto a um plantel construído para o 3-4-3.
Terminada a temporada e consumado o objetivo do bicampeonato, Rui Borges deve aproveitar estes testes para encontrar uma fórmula que lhe permita aplicar as suas ideias, mas com a qual os jogadores continuem a sentir-se confortáveis. Os primeiros amigáveis podem ajudar a desfazer esta dúvida.
Mercado cirúrgico
O modus operandi do Sporting nas últimas temporadas tem passado muito por aqui. Comprar pouco e bem tem sido a receita do sucesso dos bicampeões nacionais e espera-se que a equipa liderada por Frederico Varandas mantenha essa ideia no pós-Hugo Viana.
Substituir jogadores importantes que possam sair e contratar peças que venham verdadeiramente dar mais armas a Rui Borges e não sejam figuras residuais no plantel, algo que aconteceu no inverno com a contratação de Biel.
Alisson Santos e Kochorashvili já foram oficializados, mas agora há outras prioridades para Rui Borges, sendo que a questão tática também terá peso neste ataque ao mercado, onde, claro, será preciso encontrar o sucessor ideal de Viktor Gyökeres.

Última oportunidade para encaixe
Nem só de compras e vendas se faz o mercado de transferências. Este verão, a direção de Frederico Varandas tem de gerir também o dossiê das renovações contratuais, caso contrário esta pode ser mesmo a última oportunidade de fazer encaixe financeiro com alguns jogadores.
St. Juste, Matheus Reis e Morita são os três habituais titulares a terminar contrato em junho de 2026, o que significa que a partir de janeiro podem comprometer-se a custo zero com outros clubes.
No entanto, os casos mais urgentes até serão os de Francisco Trincão, Diomande, Pedro Gonçalves e Gonçalo Inácio, que terminam os respetivos vínculos no final da época 2026/2027. Nomes como Daniel Bragança e Nuno Santos também veem os contratos expirar em junho de 2027.

Excedentários
A subida da equipa B à Liga 2 dá mais espaço de manobra para que alguns jogadores excedentários continuem ligados ao clube e até fiquem próximos da equipa principal, mas como sempre há casos por resolver neste verão.
Após as saídas de Kovacevic, Sotiris e Koindredi, falta encontrar solução para jogadores como Biel, Rodrigo Ribeiro, Tanlongo e Rafael Pontelo.
