Recorde as incidências do encontro
Os primeiros minutos na Supertaça já tinham servido como um bom indicador para o avançado cafetero. Apesar de ter feito poucos treinos com a equipa, as movimentações e a qualidade técnica de Suárez mostravam que dificilmente iria ficar no banco na estreia na Liga Portugal.
Rui Borges viu o mesmo e lançou o grande reforço de verão do Sporting frente ao Casa Pia. Suárez saiu de Rio Maior com a folha em branco, mas encheu o bloco de notas do seu treinador de apontamentos positivos.
Trincão e Pote ficam a ganhar
Depois da tática e das dinâmicas terem dado que falar durante a pré-época, o primeiro onze inicial com o trio Pote-Trincão-Suárez deu a entender que Rui Borges estava a pedir a chegada do colombiano o mais rápido possível.
Com a liberdade de movimentos dos dois internacionais portugueses e o seu habitual futebol de combinações, Pote e Trincão ficam a ganhar com um avançado como Suárez e o conforto da dupla foi evidente frente ao Casa Pia.

O entendimento com Gyökeres também melhorou ao longo dos meses e basta recordar o grande arranque de época de Pote em 2024/25, até à lesão.
Assim que o jogo começou, Morita procurou Suárez em profundidade, mas o poder de arranque do colombiano não é o mesmo do de Gyökeres.
Apesar de ser um avançado pressionante - forçou duas grandes oportunidades com dois roubos de bola no último terço -, o ex-Almería destaca-se pelas movimentações. Suárez pisou mais o lado esquerdo, até devido à ausência de Pedro Gonçalves, que abriu o flanco para Maxi, mas mostrou ser um avançado com amplitude de movimentos e que pode desbloquear terreno para o aparecimento de outras figuras, até pela capacidade de jogar em combinação.

O golo inaugural de Francisco Trincão é um exemplo claro da importância que Suárez pode ter no sistema de Rui Borges. Sem tocar na bola, o avançado colombiano arrastou consigo a marcação e o internacional português beneficiou do erro na leitura de José Fonte para fazer o 0-1.
Domínio estatístico mostra que só faltou o golo
Apesar de ter saído de Rio Maior ainda sem fazer o gosto ao pé pelo Sporting, Luis Suárez mostrou que a sua primeira celebração pode ser uma questão de tempo.
A vontade de faturar pela primeira vez levou-o até a alguns excessos na hora de pedir penáltis ou procurar a baliza, o que é natural quando um avançado tenta mostrar serviço, mas além do entendimento com o trio da frente as estatísticas também mostram que Suárez pode ter sido o nome certo para reforçar os leões.

O internacional colombiano dominou em seis parâmetros estatísticos: sete remates, todos dentro da área, quatro deles à baliza, 1.32 golos esperados, nove toques na área do Casa Pia e três ocasiões flagrantes, segundo a Opta. Foi ainda, a par de Fresneda, o jogador com mais faltas sofridas (três), e, juntamente com Inácio, quem ganhou mais duelos aéreos (quatro).

Claro que depois de analisar os números, é natural dizer que Gyökeres teria, muito provavelmente, saído de Rio Maior com pelo menos um golo marcado, mas este jogo serviu já para mostrar que Suárez não é o internacional sueco e que isso não será, ao mesmo tempo, uma coisa má.
Com virtudes distintas do novo Gunner e defeitos que vão fazer alguns adeptos suspirar de saudades pelo sueco, Suárez mostrou que tem tudo para criar o seu próprio nome em Alvalade.