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André Villas-Boas: "Algumas das operações que fizemos salvaram o clube e mantiveram-no dos sócios"

André Villas-Boas, presidente do FC Porto
André Villas-Boas, presidente do FC PortoFC Porto

André Villas-Boas, presidente do FC Porto, e Michele Montesi, Chief Strategy Officer dos dragões, estiveram à conversa num evento da Columbia Business School, durante o Mundial de Clubes, que foi esta sexta-feira tornado público, com várias revelações por parte do líder dos azuis e brancos.

Eleições do FC Porto: “Foi um período muito sensível no clube. Estamos a falar de uma pessoa (Jorge Nuno Pinto da Costa) que transformou o clube e que fez do FC Porto o que é neste momento. Vencemos duas Ligas dos Campeões, duas Taças UEFA e um número incrível de troféus, não só no futebol, mas também nas modalidades. Somos um clube eclético. Mas senti que era tempo de impulsionarmos o clube, que estava num estado de ruína financeira. Senti que era tempo de modernizar o clube, levá-lo a outro nível e continuar a expansão internacional, ganhando títulos claro, com uma equipa competitiva."

Objetivos para 2025/2026: "O FC Porto não é campeão nacional há três anos e estamos ainda a apanhar as peças, a tentar construir uma equipa mais forte para a nova época. Finalmente temos as condições financeiras para investir no mercado, porque conseguimos resolver a maior parte dos problemas financeiros. Algumas das operações que fizemos salvaram o clube e mantiveram-no como clube de sócios. Caso contrário, provavelmente teria sido vendido a um fundo de investimento ou a um fundo privado.”

Vendas de jogadores: “Tens de criar condições para gerar talento continuamente. A qualidade do treinador em Portugal é muito alta. Tivemos momentos de grande expansão, desde que José Mourinho apareceu, o que levou a que pessoas de 18 anos quisessem ser treinadores em vez de procurarem outro tipo de carreira. O nível elevado de treino permite-nos continuar a desenvolver talento do bom.”

Limitação de mandatos no clube: "Somos um clube de sócios, que elegem o presidente de quatro em quatro anos. Não temos limite de mandatos, para que isso acontecesse teríamos de levar o tema a Assembleia Geral e mudar os estatutos do clube. É algo que queremos fazer para definir um limite de três mandatos, ou seja, uma presidência de 12 anos. É algo que segue as práticas comuns em qualquer ambiente político saudável. É um desafio que temos e, para que aconteça, tem de ser aprovado em AG. Alterar os estatutos do clube é sempre algo sensível."