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André Villas-Boas confirma conversas com Gabri Veiga e renovação de Alan Varela

André Villas-Boas falou aos jornalistas
André Villas-Boas falou aos jornalistasFC Porto
À margem da assinatura de um protocolo com a Câmara Municipal de Gaia, o presidente do FC Porto falou sobre a atualidade dos dragões. Confirmou conversas com Gabri Veiga, acordo para a renovação de Alan Varela e deixou duras críticas aos rivais.

Gabri Veiga: “Não queríamos entrar em loucuras, queremos ser comedidos. É um grande talento jovem e europeu, com grande proximidade por ter nascido em Porriño e esperamos levar a bom porto as negociações. Temos autorização do Al Ahli para falar com o jogador, que demonstrou a sua vontade. Ele abdica de 90% do salário para jogar no FC Porto. Tudo isto é louvável. Muitos jogadores tomam opções para adquirem ganhos financeiros com as transferências e ele fez movimento inverso".

Os números de Gabri Veiga
Os números de Gabri VeigaFlashscore

Mercado: “Muito difícil de trabalhar. Maior parte dos agente sonada o mercado, há muitas equipas a moverem-se, é uma janela especial. Os mercados agitam nas últimas semanas de agosto, quando fecham e operar nesta janela está a ser difícil. Tínhamos este objetivo, correspondendo às ambições do treinador. Queremos fazer de uma forma concreta sólida e sem fazer loucuras".

Alan Varela: “Está concluída, renova até 2030 e com uma cláusula de rescisão de 75 milhões de euros”.

Os números de Alan Varela
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Rodrigo Mora: “É uma chamada merecida, muita responsabilidade para o atleta. É importante a continuidade na Seleção Nacional, que não seja abandonado nas convocatórias, ele é abraçado por uma nova luz de esperança relativamente à representação por Portugal. Muita alegria e esperemos que seja um sucesso para o futebol português”.

Reforços: “Queremos reforçar a equipa porque há a necessidade. O FC Porto em 12 meses gerou mais de 200 milhões de euros em jogadores, muito por culpa da sustentação financeira e em termos desportivos sofreu na pele pela partida de alguns jogadores”.

Ambiente no futebol português: "Chegou a altura do presidente da FPF dar um murro na mesa. Estamos perante grandes suspeições levantadas de corrupção ativa e passiva. As frases do presidente do Benfica levantam suspeições graves. Eu tenho avisado o presidente da FPF e ex-presidente da Liga que o facto de não ter condenado publicamente os atos de corrupção ativa, provados em sede de justiça, achava lamentável e podia levar à continuação de atos de suspeição no futebol português. Todo este clima não revela nada de bom. A continuação das declarações de ataque a árbitros por parte do presidente do Sporting também é lamentável. Espera-se que o Conselho de Disciplina tenha uma mão severa contra o presidente do Sporting pelas declarações contra os árbitros, um em particular que errou em favor da sua equipa e tem feito várias vezes. Tivemos um presidente interino da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol que tomou posição a favor das declarações do Sporting. Toda a liberdade que tem em coagir árbitros tem de ser severamente punida. Estou desapontado com a forma inerte, impávida e serena como a FPF assiste a todo este carnaval. Gostei das declarações do Secretário de Estado Pedro Dias, que tenta trazer calma ao futebol português. O futebol português está podre, as instituições não estão colaborantes, os três grandes não estão sentados à mesa, há um choque grande entre presidente da FPF e Liga. Está na altura de Pedro Proença dar um murro na mesa relativamente às declarações que se estão a passar, que não podem passar impunes”.

Centralização dos direitos: “É por demais evidente que o mais normal é todos os clubes perderem valor relativamente ao que ganham em receitas audiovisuais. A centralização poderá trazer valorização aos clubes mais pequenos, mas é preciso um enquadramento específico do futebol português, onde os três grandes dominam 85% do mercado. Evidentemente não querem perder dinheiro, podem contribuir de outra forma, seja através da UEFA ou de valorização do produto. O futebol português não pode sobreviver com jogos com 500 ou 600 pessoas assistir ou que se jogam a quilómetros da sede do clube. Há várias discussões para ter à mesa. Ontem ficámos num nim em relação a tudo, vamos esperar mais 90 dias. Os clubes portugueses não têm de pedir ajuda ao Governo, mas estamos num total desacordo de ideias e entre os três grandes vive-se um total clima de crispação por total sobranceria e hipocrisia de alguns”.

Rivais: “Benfica vai entrar em eleições e isso será um fator determinante. Ao nível de acusação em que as coisas estão é difícil. Cada vez que vem a público, o presidente do Sporting opta por condenar as diferentes instituições com uma sobranceria e hipocrisia que nunca vi. Acho que todos devemos honrar as instituições, porque estamos só de passagem. Isto é apenas o presidente do FC Porto a falar e ele entenderá as palavras de outra forma. Por isso é que é preciso que o Conselho de Disciplina seja severo e puna severamente”.

Taça da Liga: “Defendi a remoção, porque deixou de ter interesse. O presidente do Estrela da Amadora defendeu ser para os clubes pequenos e será uma excelente oportunidade para ver o que vale em termos de produto”.

Época: “O presidente do FC Porto não está satisfeito. São três anos sem vencer o campeonato, os adeptos estão para valorizar o desportivo e não os atos de recuperação financeira. Somos um clube vencedor, unidos para vencer, que tem uma sede de vitórias que nenhum outro tem e ficar em terceiro não é motivo de orgulho para ninguém, nem me vou escudar nestes passos. O desportivo é o nosso foco e para que isso melhore temos de investir na equipa e é isso que estamos a fazer. Queremos muito ir para o Mundial de Clubes reforçado, estamos a dar passos sólidos”.

A classificação do FC Porto
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