Siga o FC Porto - Sintrense com o Flashscore
À margem de uma visita à casa portista de Vale de Cambra, o dirigente revelou o teor da audiência com o CA da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), na passada terça-feira, criticando a forma como o organismo comunica.
"O FC Porto entende que não há uniformidade de critérios, há uma dualidade. Depois, parece-me evidente que não há uma forma clara de comunicar com a opinião pública. Há determinados analistas a ser usados como veículo transmissor de mensagens da direção técnica da arbitragem, que não são imparciais. Fizemos o nosso alerta e estamos de pré-aviso para as próximas arbitragens", explicou à comunicação social.
No entender de Villas-Boas, o FC Porto tem sido prejudicado face aos principais rivais, mas tem a expectativa de que a situação se modifique, face ao debate que manteve com Luciano Gonçalves, presidente do CA.
"Há o direito ao erro, mas lutamos pela uniformidade de critérios e temos sido prejudicados em alguns jogos e lances de caráter duvidoso. Fizemos a nossa análise, debatemos com o presidente do CA em sede de FPF e veremos se há melhorias. O propósito é de melhorias, foi isso que foi prometido, e agora iremos aguardar para ver se factualmente acontecem", avaliou.
A arbitragem, garantiu, não foi tema de discussão na reunião de hoje na Cidade do Futebol, em Oeiras, entre o presidente da FPF, Pedro Proença, e os líderes de FC Porto, Sporting, Benfica e Sc Braga, que incidiu sobre os critérios de distribuição de receita para as apostas desportivas.
"Não estivemos na FPF para andar à luta uns com os outros, foi cordial, porque temos interesses maiores. Existe uma promessa relativa às apostas desportivas em ligas internacionais que queremos ver clarificadas. Foi isso que o presidente da FPF fez e esperemos que cumpra a palavra", disse.
Numa fase em que assume existir um "clima muito tenso" entre os principais clubes, o líder portista enalteceu o encontro entre os seus presidentes, constatando o simbolismo da ocasião de diálogo em prol do futebol português.
"Há aqui uma limpeza de ares e vamos ver como progredimos nos próximos meses, sabendo que cada um luta pelos próprios interesses. Há determinadas linhas de respeito que não devem ser ultrapassadas. Tem algum significado voltarmos a estar sentados à mesa", reconheceu.
O dirigente abordou a próxima Assembleia Geral (AG) do FC Porto, marcada para sábado, na qual serão votadas as expulsões de sócio de Fernando Madureira, Sandra Madureira, Vítor Catão e Vítor Aleixo pai, condenados no âmbito da Operação Pretoriano: "Há um direito a recurso por parte dos associados e irão ser ouvidos sobre a proposta de exclusão. A AG é magna, dita as leis do futuro do FC Porto e também decidirá relativamente a esse tema".
Na liderança da Liga de futebol, com 31 pontos, o arranque de época foi promissor para os portistas, mas Villas-Boas, em jeito de balanço, pede "pés bem assentes no chão".
"Temos dado passos bons e importantes, mas ainda há um longo caminho a percorrer rumo ao campeonato nacional e outros títulos. Temos de ter pés bem assentes no chão e continuar a apoiar a equipa nesta fase. Temos um ciclo de jogos bastante exigente, em diversas competições. O compromisso da equipa tem sido com a vitória e tem-nos encantado com o seu foco", elogiou.
No sábado, às 20:15, o FC Porto recebe o Sintrense, da Série D do Campeonato de Portugal, em jogo da quarta eliminatória da Taça de Portugal, com arbitragem a cargo de Hélder Malheiro, da associação de Lisboa.
