Com 10 ou com 11, o FC Porto continua a vencer e festejou pela oitava partida consecutiva ao bater o Arouca por 0-4 na sétima jornada da Liga Portugal. Apesar da lesão de Samu, que inaugurou o marcador, aos 12 minutos, e da expulsão do regressado Martim Fernandes (48'), a dificuldade aumentada só serviu para os dragões elevarem o nível para garantir um triunfo confortável com os golos de Deniz Gul (51'), Francisco Moura (60') e Zaidu (86'). Aviso sério do líder à concorrência antes do Clássico da próxima jornada frente ao Benfica.
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No papel, a tarefa do Arouca já não era fácil e as circunstâncias também não ajudaram: com a segunda pior defesa do campeonato (15 golos sofridos), os lobos não puderam contar com o patrão da defesa José Fontán e apostaram no regresso de Matías Rocha ao onze, assim como nas surpresas Solà, Gozálbez e Barbero, em comparação com a vitória frente ao Nacional (1-2).

Pela frente estava a melhor defesa do campeonato (1 golo sofrido) e um dragão imparável com sete triunfos consecutivos em todas as competições, que só mudou os laterais Francisco Moura e Martim Fernandes, regressado à titularidade após a lesão sofrida na primeira jornada. Além disso, Stephen Eustáquio teve uma indisposição de última hora e foi rendido por Prpic na ficha de jogo, onde também constava Yann Karamoh, que podia fazer a estreia pelo clube.
Colheita de erros
Depois de muita polémica entre os dois emblemas e a Liga devido à realização da partida, quando o apito soou só valiam os argumentos apresentados dentro das quatro linhas. Até foram os anfitriões a entrar melhor, com duas aproximações que não assustaram muito Diogo Costa, enquanto na outra área um alívio de Tiago Esgaio permitiu um remate de primeira de Gabri Veiga em zona promissora, que saiu enrolado e fora do alvo.

Perante um adversário neste momento de forma a concentração precisa de ser máxima, porque os erros costumam ser fatais. Aos 12 minutos, num lance aparentemente controlado após um pontapé longo de Diogo Costa, Boris Popovic falhou o cabeceamento e o sempre atento Victor Froholdt surgiu para capitalizar. Tiago Esgaio ainda impediu o nórdico de bater João Valido, mas o esférico sobrou para Samu que só teve de empurrar para anotar o quinto golo na prova. E, possivelmente, o mais fácil da carreira.
Embalados pela vantagem e os adeptos, os azuis e brancos voltaram a marcar, aos 21 minutos, após novo facilitismo da defesa arouquense, mas o remate à queima-roupa de Pepê acabou anulado por fora de jogo de Borja Sainz no início da jogada. Os alarmes soaram quando Samu ficou agarrado ao joelho após um lance inócuo, mas apesar de terminar a primeira parte, não voltou a ser o mesmo e evitou os duelos, talvez já a pensar no Clássico da próxima jornada com o Benfica.
Em cima do descanso, houve novo erro da defesa da casa quando João Valido chocou com Tiago Esgaio e deixou a bola e a baliza à mercê de Francisco Moura, mas praticamente sem ângulo, o lateral só conseguiu acertar no ferro. Apesar dos primeiros instantes promissores, o Arouca foi totalmente inofensivo até ao descanso e não voltou a somar qualquer remate.
Soam os alarmes... do golo
Numa lógica de prevenção, Samu ficou no balneário, rendido por Deniz Gul, numa forte reentrada dos dragões que esquentou as mãos de João Valido num remate de Francisco Moura logo nos primeiros segundos. E logo a seguir, nova dor de cabeça para Farioli com Martim Fernandes a ver o segundo cartão amarelo por uma entrada forte sobre Barbero, apesar de ter sofrido falta do espanhol no início do lance. O lateral direito recém-recuperado vai falhar o Clássico com o Benfica da próxima jornada.
Ainda assim, os portistas deram a melhor resposta possível à inferioridade numérica: Pepê, de volta à melhor forma, descobriu espaço numa cabine telefónica para driblar dois adversários e soltou no momento certo para Deniz Gul que, sozinho na grande área, disparou na passada perante a saída de João Valido. O avançado turco voltou aos golos precisamente contra uma antiga vítima.
Vasco Seabra tentou reanimar a equipa com a entrada de Brian Mansilla por Alfonso Trezza, mas mesmo com menos um, o FC Porto continuou dono e senhor do jogo, trocando o esférico com paciência e à espera da altura certa para ferir o adversário. Algo que voltou a acontecer, aos 61 minutos, quando Victor Froholdt arrancou do meio-campo e galgou vários metros antes de soltar para Borja Sainz à entrada da área, que lançou Francisco Moura para um remate de primeira e cruzado para o 0-3. Uma soberba jogada coletiva.
Do banco vieram pernas frescas para os dois lados, Seabra lançou Puche, Nandín, Van Ee e Jansonas, Farioli continuou a lógica de gestão com as entradas de Prpic, Alberto Costa e Zaidu, poupando, por exemplo, William Gomes, já que há duelo com o Estrela Vermelha na quinta-feira. Foi a melhor altura dos lobos na partida, com Tiago Esgaio a tentar um pontapé de bicicleta impedido por Bednarek e Barbero a rematar enrolado para intervenção fácil de Diogo Costa, que não teve muito trabalho esta noite.
A cereja no topo do lobo
Até ao apito final, destaque ainda para mais um lance delicioso de Victor Froholdt a deixar dois adversários pelo caminho antes de rematar contra o corpo de Popovic na área. O que joga este menino norueguês, que continuou a pressionar até ao apito final. Já perto do apito final, Alberto Costa foi derrubado, reergueu-se para ganhar novo duelo, Deniz Gul ajudou o português a fugir junto à linha de fundo e a assistir Zaidu que só teve de encostar após o passe do português. O lateral voltou a isolar-se no topo dos assistentes com cinco passes para golo.
Melhor em campo Flashscore: Victor Froholdt (FC Porto).
