Recorde aqui as incidências do encontro
Privados de Samu, por lesão, os azuis e brancos receberam ainda outro golpe a poucas horas do apito inicial com a baixa de Pepê, o que levou Farioli a apostar em Luuk de Jong e William Gomes ao lado de Borja Sainz no ataque, em relação à vitória sobre o Gil Vicente (0-2). Por seu lado, João Pereira mostrou máxima em confiança num jovem de 18 anos, dando a titularidade a Renato Nhaga em vez de Seba Pérez, em comparação com o triunfo no terreno do AFS (0-2).

Vendaval ofensivo
No 200.º jogo de Diogo Costa pelo clube, houve homenagem ao capitão portista antes do apito inicial e por isso atuou com um pequeno detalhe na camisola. Os dragões instalaram-se desde cedo no meio campo ofensivo, com William Gomes a tirar um coelho da cartola para se colocar frente a frente com Patrick Sequeira, valendo a mancha do guardião para evitar o golo dentro dos primeiros 10 minutos. Pouco depois, o guardião voou para negar o desvio de primeira de Luuk de Jong, com pedidos de penálti, afastados pelo VAR, apesar das dúvidas.

Apesar disso, os dragões continuaram a pressionar e foi graças a isso que abriram o ativo, numa recuperação de Froholdt junto à área adversária, em que o dinamarquês aproveitou a oferta para colocar na pequena área para a entrada de rompante de Borja Sainz, que se estreou a marcar pelo novo clube com um desvio ao primeiro poste, aos 20 minutos.
Cinco minutos depois de desbloquear o marcador, William Gomes sentiu-se mais à vontade para voltar a fazer das suas: o extremo brasileiro arrancou junto à linha lateral direita, fletiu para o meio deixando vários adversários pelo caminho, antes de arranjar espaço em zona central para rematar em arco para fora do alcance de Patrick Sequeira, fazendo o primeiro da conta pessoal esta época em grande estilo.
Desengane-se quem achava que a máquina ofensiva iria ficar por aqui. O terceiro chegaria em breve, mas só por obra do acaso - e Sequeira - é que não surgiu antes. O guarda-redes fez uma grande defesa para negar Gabri Veiga pouco antes de Alan Varela ter disparado ao poste. No pontapé de canto que se seguiu, uma carambola no primeiro poste permitiu um remate a Sainz bloqueado e a apatia defensiva estendeu a passadeira ao remate de Alberto Costa - que desviou em Pérez - para o terceiro golo da partida.
Caso esteja a estranhar o facto de não haver uma linha sobre o jogo ofensivo dos casapianos, não é por engano ou falta de vontade do autor. É porque durante 45 minutos, o ataque foi inexistente e num um remate houve para amostra, como comprovam as estatísticas abaixo.

Uma prenda para carimbar a goleada
Ao intervalo, Farioli deixou Zaidu no banco e promoveu a estreia de Francisco Moura esta temporada (recuperado de lesão), enquanto João Pereira lançou Svensson na frente e André Geraldes na lateral para tentar dar alguma inspiração aos visitantes. Ainda assim, só a falta de pontaria de Alberto Costa é que evitou o quarto golo após mais uma bom trabalho de Froholdt. O médio saiu logo a seguir, ao lado de William Gomes, ambos por estarem amarelados, permitindo a entrada de Rodrigo Mora e Eustáquio.
Os azuis e brancos continuaram a pressionar e a provocar erros adversários, nenhum deles maior do que o Tchamba. Aos 67 minutos, o central tentou fazer um atraso de longa distância para o guarda-redes, mas não viu Sainz que aproveitou a oferta para se isolar e colocar a bola entre as pernas de Sequeira, assinando o bis. Farioli não estava em disposição de arriscar e esgotou as substituições retirando o amarelado Bednarek e Alberto Costa, que tinha ficado no relvado com queixas físicas.
Apesar dos sucessivos golpes, João Pereira e o Casa Pia nunca desistiram de tentar retirar aspetos positivos da partida, conseguindo ter alguns momentos com a posse de bola e somando remates, embora sem perigo. Por outro lado, notou-se algum nervosismo para mostrar serviço de Rodrigo Mora que adornou em demasia lances promissores.
Melhor em campo Flashscore: Borja Sainz (FC Porto).
