Recorde aqui as incidências e o relato do encontro
A derrota em Famalicão (2-0) tirou fulgor à turma de Luís Pinto que dexou Lebedenko, Savioli e Ndoye no banco para lançar João Mendes, Telmo Arcanjo e Camara no onze. Por outro lado, o triunfo sobre o Tondela para a Taça da Liga (3-0) não impediu José Mourinho de mexer na equipa, deixando António Silva, Barreiro, Schjelderup e Ivanovic no banco, para promover Tomás Araújo, Richard Ríos, Prestianni e Pavlidis.

Muita vontade para tão pouco fio
Ainda em relação aos treinadores, quando José Mourinho se estreou como técnico principal, Luís Pinto jogava nos sub-13 do Gondomar. Esta curiosidade deixa bem em perspetiva, não só a carreira de ambos, como os momentos das respetivas equipas: os vitorianos precisavam de irreverência e vontade para corresponder aos adeptos e os encarnados procuravam consolidar exibições e encetar numa onda positiva no campeonato.

Depois do minuto de silêncio pelo desaparecimento do sócio nr.º 1 do Vitória SC, Jaime Pereira da Cunha, o duelo começou com Trubin a atrapalhar-se e a conceder um canto enquanto entoavam os cânticos da equipa da casa. Talvez por causa do ambiente nas bancadas, o jogo começou a grande ritmo, muitos duelos e pouca clarividência. Aliás, esse é o resumo de toda a primeira parte.
Apesar de aproximações prometedoras às áreas, com Telmo Arcanjo, de um lado, e Prestianni, do outro, em evidência, não houve qualquer ocasiões claras de golo. Sudakov ainda fez um remate à malha lateral, antes de se envolver numa discussão quente à saída para o intervalo que terminou com amarelos para o ucraniano, Prestianni e Miguel Maga.
Barreiro é fixe
A ação disciplinar parece ter facilitado a vida de Mourinho que deixou esses dois jogadores no banco para lançar Schjelderup e Leandro Barreiro. Poderíamos falar de um toque de Midas se não estivesse em causa a leitura de jogo de um dos melhores treinadores de sempre. O Special One tinha referenciado o papel ofensivo do médio luxemburguês que não perdeu tempo em dar-lhe razão.

Na primeira ação, cabeceou para defesa apertada de Castillo - Pavlidis falhou a recarga -, depois Ríos cabeceou a rasar o poste e Lukebakio obrigou o guardião a nova defesa num livre. Em seis minutos, o Benfica criou três oportunidades de golo. À quarta, na sequência do pontapé de canto após o livre de Lukebakio, o belga tirou o terceiro cruzamento para a área, desta vez ao primeiro poste, onde Tomás Araújo subiu ao terceiro andar para fazer o primeiro da partida, aos 53'.
Depois do primeiro golpe adversário, o harikiri do Vitória SC. Fabio Blanco prendeu o olhar na bola que estava no ar, levantou o pé e teve uma entrada imprudente sobre Leandro Barreiro que podia ter tido graves consequências se lhe tivesse acertado em cheio. João Pinheiro não teve dúvidas e mostrou o vermelho direto ao espanhol. Luís Pinto ainda tentou evitar com uma tripla alteração, mas foi mesmo a implosão do Castelo.
Noite de estreias
As entradas de Mitrovic, Nóbrega e Vando Félix até podiam ter ajudado, mas logo no minuto seguinte, as águias trabalharam bem sobre o flanco direito, Aursnes tirou um cruzamento rasteiro desviado por Barreiro para os pés de Samuel Dahl, que armou um míssil que bateu na trave antes de beijar as redes. Foi a estreia a marcar do sueco enquanto sénio.
A jogar com confiança, os encarnados encararam os últimos minutos como uma oportunidade de ganhar confiança, não fosse a grande exibição de Castillo entre os postes a negar as sucessivas ocasiões. O guardião colombiano travou Barreiro e Barrenechea, mas nada pôde fazer quando, já depois de defender nova tentativa do médio argentino, João Rego reagiu mais rápido que a defesa para fazer o 0-3 na primeira vez que tocou na bola.
Destaque ainda para a cartada acertada de Schjelderup que trouxe dinamismo e verticalidade ao flanco esquerdo. Até ao final da partida, Otamendi ainda viu cartão amarelo e, por isso, falha o próximo jogo das àguias frente ao Casa Pia.
Melhor em campo Flashscore: Lukebakio (Benfica).
