Recorde as incidências da partida
O regresso a casa depois de uma semana passada no norte do país e com sentimentos distintos, pelo empate ao cair do pano com o AVS e o apuramento na Taça de Portugal frente ao Gil Vicente, era como voltar à zona de conforto depois de umas férias que nem foram assim tão boas. Não era um Sporting felicíssimo, mas em noite propícia para trocadilhos pode dizer-se que houve muita satisfação em Alvalade.
Em estreia no onze, Eduardo Felicíssimo foi a principal novidade no onze leonino, que voltou a ter Gyökeres e a não contar com várias figuras principais, mas também secundárias - Alexandre Brito é o mais recente nome a ocupar o departamento clínico - para defrontar um Estoril num estado bem diferente daquele que visitou na primeira volta. A equipa de Ian Cathro está a atravessar o melhor momento da época, luta pelo 5º lugar e foi com essa confiança que visitou Alvalade. Talvez confiança a mais, até.
As duas equipas dividiram o jogo com bola e o Estoril deu espaço ao Sporting, o que costuma ser fatal, especialmente quando Gyökeres está, pelo menos, a 50 por cento das suas capacidades. O sueco nunca tinha marcado ao Estoril, algo que todas as outras equipas da Liga Portugal não podiam dizer, mas esse registo viria a cair por terra ainda na primeira parte.
45 minutos de oportunidades claras para o Sporting, que até acabou o primeiro tempo com menos posse de bola, mas que chegou cedo ao golo - Gonçalo Inácio (5') cabeceou uma bola perfeita de Debast na sequência de um livre lateral - e isso deu ainda mais conforto à estratégia da equipa de Rui Borges, que passava por aproveitar o espaço nas costas da defesa canarinha.
O risco estorilista foi alto e só uma noite de desperdício de Trincão (18' e 24') e Gyökeres (28' e 30') impediu o avolumar do resultado ainda numa fase precoce da partida. Joel Robles foi segurando a desvantagem mínima perante uma noite difícil de Pedro Álvaro, mas o central viria mesmo a ficar pelo caminho depois de um lance de Gyökeres (36') pela esquerda. Ao seu estilo, o sueco correu cerca de 30 metros e finalizou com classe para chegar ao 2-0 e tranquilizar os adeptos sportinguistas depois de várias ocasiões claras desperdiçadas.
A tranquilidade não durou muitos minutos, uma vez que o avançado saiu para o balneário com queixas no joelho, fechando uma primeira parte de domínio sportinguista que só sofreu algum incómodo por algumas faltas de atenção de Quenda e Diomande que apenas resultaram num remate perigoso de João Carvalho já no período de descontos.
O certo é que Gyökeres voltou para a segunda parte e continuou a explorar as linhas subidas do Estoril numa segunda parte disputada num ritmo mais baixo, com o Sporting a tentar congelar o jogo como chegou a fazer frente ao AVS. O objetivo passava por não cometer erros fatais, o que não aconteceu na Vila das Aves...
O certo é que, entre o ritmo baixo e várias paragens por questões físicas, só mesmo um remate de Debast (63') ao poste, desviado por Xeka, a registar como lance realmente relevante. O Estoril manteve o registo de posse para tentar reentrar no jogo, mas não incomodou Rui Silva e a qualidade da segunda parte acabou por cair a pique.
Rui Borges aproveitou para lançar mais dois jovens - Arreiol e o estreante José Silva - e o Sporting parecia caminhar para um triunfo tranquilo até que Gonçalo Costa (84'), formado em Alcochete, colocou a bola por baixo das pernas de Rui Silva e trouxe de novo os fantasmas à equipa leonina.
A apreensão instalou-se até que Gyökeres (90+6') aplicou a sentença final após converter uma grande penalidade de João Carvalho, expulso por mão na bola, para confirmar a liderança isolada dos leões.
Homem do jogo Flashscore: Viktor Gyökeres (Sporting)
