Recorde aqui as incidências do encontro
A ausência de Fábio Vieira da ficha de jogo foi a grande nota de destaque no FC Porto, com Vítor Bruno a lançar Eustáquio e André Franco no onze, no dia do 87.º aniversário do antigo presidente Pinto da Costa, homenageado antes do pontapé de saída por um estádio completamente lotado. Por seu lado, as panteras não puderam contar com Joel Silva, promovendo Pedro Gomes no seu lugar.
Samu foi receita para a agressividade
Boa entrada do Boavista, a impedir o FC Porto de assentar o jogo, com aproximações à área contrária e até uma bola ao ferro, apesar de Bruno Onyemaechi estar em fora de jogo. A meio da primeira parte ainda não havia remates, em comparação com as várias paragens, fruto do alto índice de agressividade imposto pelos axadrezados nas disputas pela posse de bola.
Contudo, quando surgiu o priemiro quase dava em golo, numa excelente jogada dos azuis e brancos sobre a direita, com Samu a combinar dentro de área antes de rematar torto já sob pressão dos defesas. O jovem avançado espanhol ameaçou primeiro e marcou a seguir, novamente numa boa jogada pela direita e convidado por um cruzamento rasteiro perfeito de Martim Fernandes, aparecendo de rompante ao segundo poste para encostar e abrir o ativo, aos 31 minutos.
Os dragões continuaram a crescer - assim como a frustração com o árbitro que rendeu cartões amarelos a Martim Fernandes, Nehuén Pérez (por protestos) e Nico González (falha o próximo jogo) - e acabaram a primeira parte em nota alta, com César a ter que exibir-se em boa forma para evitar o golo de Martim, em duas ocasiões. Apesar da boa entrada, as panteras foram para o balneário, sem qualquer remate feito.
A magia Mora aqui
A segunda parte começou sem alterações e com Otávio a testar a meia distância para defesa incompleta de César, Nico tentou chegar à recarga, mas Filipe Ferreira atirou contra o médio e a bola saiu por cima. Tal como o compatriota da frente, o espanhol voltou à carga e acabou por ser feliz. Num pontapé livre lateral estudado, Rodrigo Mora colocou a bola na pequena área, onde o médio apareceu completamente sozinho para fazer o segundo.
Depois de assistir, Rodrigo Mora tirou as amarras para pegar na varinha de mágico, depois de ajudar a limpar um lance na defesa. Lançado por Nico sobre a direita, o jovem médio de apenas 17 anos fletiu para o meio e, com dois adversários pela frente, armou um remate em arco de pé esquerdo - o pior - que voou para o ângulo contrário. Perfume, talento, chamem-lhe o que quiserem... o miúdo é craque.
Pouco depois, Samu fugiu para se colocar perante César, mas adiantou demasiado a bola e permitiu a mancha do guarda-redes, enquanto Mora, ainda insatisfeito, fez tudo bem para servir o recém-entrado Iván Jaime, cujo remate saiu ao lado. Confortável e satisfeito, Vítor Bruno esgotou as substituições com as entradas de Vasco Sousa, Gonçalo Borges e Namaso, descansando Franco, Nico e Mora, que saiu sob um coro de aplausos.
Ainda houve prenda para Pinto da Costa
O Boavista, cujo melhor lance foi negado por um bloqueio in extremis de Otávio, recebeu mais uma má notícia com o amarelo visto por Abascal, que o deixa de fora do próximo jogo. Ainda com fome de golo e numa altura em que o Dragão cantava os parabéns a Pinto da Costa, o FC Porto chegou ao quarto golo e Samu ao bis, assistido de cabeça por Pérez na sequência de um pontapé de canto. O avançado espanhol aproxima-se de Gyokeres no topo da tabela de marcadores, com 13 tentos, contra os 18 do sueco.
Homem do jogo Flashscore: Rodrigo Mora (FC Porto).
