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Sem estrelinha ou inspiração para escapar à amarra tática: FC Porto e Benfica anulam-se

Atualizado
Ríos e Samu disputam a bola num perfeito desenho da partida
Ríos e Samu disputam a bola num perfeito desenho da partidaMIGUEL LEMOS/AFP/Opta by Stats Perform

Um Clássico deixa sempre a expectativa de um espetáculo com muita emoção, bons golos e nervos à flor da pele. Não foi isso que se passou este domingo no Estádio do Dragão, já que a solidez defensiva do Benfica conseguiu segurar o ímpeto de um FC Porto que não venceu pela primeira vez esta temporada (0-0). Em resumo, três lances de perigo para os dragões, um deles nos descontos, um quase autogolo de Kiwior e muitos duelos marcaram o fim da oitava jornada da Liga Portugal.

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Apesar da entrada de Alberto Costa, em virtude da suspensão de Martim Fernandes, não houve grandes surpresas no onze das duas equipas, com os dois treinadores a manterem a aposta nos onzes bases. No Benfica, Mourinho repetiu o onze que perdeu em Londres diante do Chelsea (1-0), a meio da semana, e abraçou Farioli antes do apito inicial, tal como prometido por ambos em conferência de imprensa.

Pontuações dos jogadores
Pontuações dos jogadoresFlashscore

Encaixe tático

Sob o olhar atento de ex-dragões como Fucile, Quaresma, Sapunaru, Diogo Dalot e Rúben Neves, mal soou o apito inicial ficou bem claro que esta seria uma disputa intensa e marcada pelos duelos físicos, como demonstrou Pavlidis ao deixar Gabri Veiga no solo no primeiro lance da partida. Em 15 minutos, foram marcadas cinco faltas e pouco mais havia a contar. 

Benfica trocou muito a bola no setor recuado
Benfica trocou muito a bola no setor recuadoMIGUEL LEMOS/AFP/Opta by StatsPerform

Na primeira aproximação perigosa a qualquer uma das balizas, Gabri Veiga falhou o desvio de calcanhar e o lance perdeu-se. Se, por um lado, a pressão portista impedia o Benfica de construir com critério, a organização defensiva imposta por Mourinho não dava qualquer espaço aos dragões. Estávamos num impasse. 

Encaixe tático das duas equipas na primeira parte
Encaixe tático das duas equipas na primeira parteOpta

Os primeiros remates surgiram depois da meia hora de jogo: primeiro, Sudakov testou a atenção de Diogo Costa num livre direto que não deu muitos problemas ao internacional português e, logo na resposta, Pepê desperdiçou a melhor ocasião da primeira parte, ao rematar por cima da trave uma bola perdida junto da pequena área. Podia e devia ter feito melhor.

Já perto do descanso, António Silva ofereceu o corpo para travar um remate de Francisco Moura e valeu a rápida reação de Trubin a impedir que o desvio de Borja Sainz fosse para a baliza. Ríos estreou o livro do árbitro ao ver o primeiro cartão amarelo antes do intervalo chegar com o nulo no marcador. Depois de um início amarrado, o FC Porto mostrou mais vontade de chegar ao golo, enquanto o Benfica estava comedido e só explorava o contra-ataque.

Bancos agitaram

As estatísticas da primeira parte
As estatísticas da primeira parteFlashscore

Sem alterações ao intervalo, também não houve grandes mudanças dentro do terreno de jogo, exceto o amarelo visto por Bednarek, que equilibrou as contas. Ao contrário da primeira parte, as águias somaram alguns instantes com a posse de bola no meio-campo ofensivo, embora sem atacar a baliza de Diogo Costa. A resposta a isso foi um remate de Gabri Veiga que saiu à figura de Trubin.

FC Porto viu-se obrigado a jogar pelos flancos
FC Porto viu-se obrigado a jogar pelos flancosMIGUEL LEMOS/AFP/Opta by StatsPerform

Depois disso, vieram as primeiras jogadas de xadrez dos bancos. Farioli lançou duas armas favoritas, William Gomes e Pablo Rosario, para render o amarelado Pepê e um esgotado Gabri Veiga. No livre lateral que se seguiu para o Benfica, Barrenechea penteou e Kiwior enviou a bola à trave na tentativa de afastar o perigo. Respondeu o recém-entrado William Gomes, com o seu movimento característico, a puxar para o meio e a rematar em arco perto da trave.

Os encarnados equilibraram o tabuleiro numa altura em que escasseavam os lances de ataque, apesar de ainda terem pedido uma mão na grande área por mão na bola, mas o árbitro mandou jogar. Deniz Gul rendeu um desaparecido Samu, enquanto Mourinho apostou em Leandro Barreiro como primeira escolha a sair do banco, para o lugar de Lukebakio.

A 10 minutos do fim, os dragões armaram o último assalto passando a jogar na metade ofensiva do terreno. As entradas de Rodrigo Mora nos azuis e brancos e Tomás Araújo nos visitantes foi um bom desenho do que procuravam as duas equipas nos últimos instantes. A jovem promessa entrou a carregar a estrelinha e inspiração que ajudaram o FC Porto a vencer nos últimos minutos ficou muito perto de decidir o Clássico, mas o seu remate em arco acertou na trave, aos 90+2 minutos, no derradeiro lance da partida.

Homem do jogo Flashscore: António Silva (Benfica).

Estatísticas da partida
Estatísticas da partidaOpta by Stats Perform