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Pote voltou e o Sporting acreditou mais um bocado. A vitória nos Açores renovou ainda mais as esperanças no bicampeonato, mas o Benfica ainda ia jogar. O empate dos encarnados com o Arouca foi o toque que faltava para afirmar definitivamente a crença leonina no título nacional.
Gyökeres vai deixar saudades
Sem Harder e com Usher nas bancadas antes do jogo (yeah!), o Sporting fez a melhor primeira parte da era Rui Borges e voltou a jogar como um campeão que ambiciona reconquistar o título. Foram 45 minutos de pressão intensa, recuperações constantes e oportunidades. Muitas oportunidades.
O Moreirense, que confirmou matematicamente que não irá descer diretamente à Liga 2 (e com o play-off praticamente fora de hipótese), chegou a Alvalade para o reencontro com Rui Borges, técnico que fizera uma campanha brilhante com os cónegos na época passada. Mas a equipa agora treinada por Bacci não encontrou propriamente um banquete de boas-vindas à sua espera — bem pelo contrário.
Num arranque abrilhantado pela homenagem a Aurélio Pereira, Trincão (2') desperdiçou uma oportunidade logo a abrir, mas quem chegou ligeiramente atrasado não tardou a ver o número de ocasiões para os leões acumular-se. Com muito espaço nos flancos, fruto do posicionamento em 4x4x2 da equipa de Bacci, o Sporting encontrou conforto para fazer quase tudo — menos marcar. Diomande (6'), Geny (7') e Trincão (9') vacilaram no frente a frente com Kewin.
A verdade é que, após quase 15 minutos de domínio, a única notícia para o Sporting era negativa: Diomande viu o amarelo e ficou fora do jogo com o Boavista, no Estádio do Bessa. Até que Gyökeres (12') acabou com a hesitação leonina na hora de finalizar e, com um toque subtil já na pequena área, bateu o guardião do Moreirense para o 1-0.
Ao contrário do que aconteceu noutras partidas recentes, o Sporting não baixou o ritmo após abrir o marcador. Continuou a carregar, tentando resolver o encontro o mais cedo possível — mas só a mira afinada de Gyökeres conseguia bater Kewin. Depois de um remate de Trincão que desviou em Marcelo, o sueco bisou (25') e deu mais justiça ao marcador.
Bacci assistia impotente a um domínio completo por parte do Sporting, que somava recuperações em zona alta e deixava desconfortável o conjunto minhoto, invariavelmente sem condições para sair a jogar.
Maxi, duas vezes antes do intervalo, perdoou o 3-0 e deu margem a mudanças na equipa de Moreira de Cónegos para a segunda parte. Ao regressar dos balneários, o Moreirense trouxe uma estrutura diferente e intenções renovadas, comprovadas pelo primeiro remate à baliza de Rui Silva. Mas o espetáculo de Gyökeres durou mais do que uma parte. De livre direto, o sueco fez o sexto hat-trick da temporada (52') e pareceu encaminhar o Sporting para o triunfo mais tranquilo dos últimos tempos.
Moreirense quase fez perder a cabeça
Só que um adepto do Sporting sabe que o descanso nunca é completo — especialmente quando o jogo parece definitivamente controlado. Com uma bola longa ao segundo poste de Frimpong, Cédric (56') reduziu de cabeça e mostrou que o Moreirense também era capaz de incomodar em Alvalade.
Yan Maranhão (60') por muito pouco não fez o 3-2 que poderia definitivamente abrir a partida, o que levou Rui Borges a procurar fechar o jogo de imediato, com a equipa a congelar a posse de bola e a baixar o ritmo — já com o regressado Pedro Gonçalves em campo. Geny e Trincão deram seguimento a uma exibição desinpirada na hora de tentar bater Kewin, mas o controlo do jogo e os três pontos não fugiram ao Sporting, que fica isolado na liderança da Liga Portugal à espera do que o Benfica é capaz de fazer em Guimarães.
Homem do jogo Flashscore: Viktor Gyökeres (Sporting)
