Mais

Arouca critica Santos pela dívida de João Basso: "É inaceitável uma equipa que tem o Neymar andar a ganhar tempo"

João Basso trocou o Arouca pelo Santos em 2023
João Basso trocou o Arouca pelo Santos em 2023Raul Baretta/Santos FC
O recurso do Santos, no Tribunal Arbitral do Desporto, no caso da dívida ao Arouca pelo central João Basso, causou revolta no clube português.

Joel Pinho, diretor-geral do Arouca, defende que o recurso apresentado pelo Santos tem como único objetivo o adiamento do pagamento da dívida, no valor de 2,5 milhões de euros.

"É inaceitável uma equipa que tem o Neymar e contratou o Benjamín Rollheiser por 12 milhões de euros na última janela de mercado não ter 2,5 milhões de euros para pagar o que deve. Usar o CAS para ganhar tempo é algo que não é de clube sério. É inacreditável", afirmou Joel Pinho ao ge.

"O Santos sabe que tem que pagar. Eles não têm nenhum argumento válido. Só querem ganhar tempo", acrescentou o diretor do Arouca.

Com o recurso apresentado, o Santos aguarda por um novo julgamento e, de acordo com o departamento jurídico do clube brasileiro, vai demorar entre seis meses a um ano. Desta forma, a FIFA não pode aplicar qualquer sanção, pelo que o Santos pode registar novos contratos.

Em maio, recorde-se, a FIFA notificou o Santos sobre a obrigação de pagar 2,5 milhões de euros pela contratação de João Basso, em julho de 2023, junto ao Arouca. Dos 2,5 milhões de euros que devia, o Santos só pagou a primeira parcela, de 500 mil euros. Como não recebia novos pagamentos há mais de ano, o Arouca abriu um processo na FIFA contra o clube brasileiro.

No balanço de 2024, a direção do Santos assumiu a dívida ao Arouca. Como o clube brasileiro ainda tem de pagar 500 mil de euros de juros e multa, a dívida total chegou aos 2,5 milhões de euros.

Em crise financeira, o Santos tentou mas não conseguiu um acordo com o Arouca. Segundo Joel Pinho, a direção do Peixe ofereceu um parcelamento em 12 vezes, rejeitado pelo emblema arouquense.

"Depois da decisão da FIFA, o Santos tentou fazer um acordo, mas esse acordo em nada defendia os nossos interesses. O Arouca não é nenhum banco. A dívida já tem dois anos. Não faz sentido um pagamento parcelado", afirmou o diretor do Arouca.