Recorde as incidências da partida
Rui Borges, treinador do Vitória SC
Análise do jogo: "Foi um jogo muito bem conseguido da nossa parte, com a equipa extremamente ligada e alinhada à estratégia definida. Fomos avassaladores no ataque e proativos na reação à perda de bola. Os jogadores incorporaram a estratégia a 100%, e o resultado foi consequência direta disso. Dominámos do início ao fim, num jogo simples, direto e com grande dedicação. É a equipa que queremos ver: ambiciosa e comprometida".
Mudanças e evolução: "Estou muito feliz como treinador, mas ciente de que ainda há trabalho pela frente. Não éramos os piores antes em momentos de dificuldade e nem somos agora os melhores. A derrota nos Açores foi um alerta; não estivemos à altura, mas os jogadores entenderam isso e responderam. Apesar da viagem desgastante ao Cazaquistão, sempre trabalhámos com grande energia e foco, e sabíamos que faríamos um bom jogo hoje".
"O adversário é uma equipa bem trabalhada, com ideias semelhantes às nossas, mas soubemos lidar com isso, não deixando espaço para que jogassem. Tivemos de ser competitivos e até fazer faltas quando necessário. Este é o tipo de equipa que queremos ser: intensa, focada e pronta para lidar com adversidades".
Importância da vitória: "Uma vitória como esta, por 4-0, traz confiança. Trabalhar sobre vitórias é muito melhor, e o ambiente muda completamente. Criámos muitas oportunidades ao longo da época, mesmo em jogos difíceis, como contra o Boavista, onde empatámos mas poderíamos ter vencido. A qualidade e o crescimento do grupo são evidentes, mas ainda há muito trabalho a fazer. Se estes jogadores fossem completos em todos os aspetos, já estariam nos melhores campeonatos da Europa. Eles sabem disso e continuam muito dedicados, o que tem sido essencial para a nossa evolução".
Próximos desafios: "Agora, enfrentamos um Benfica muito motivado e intenso. Precisamos de manter os níveis de concentração e competitividade altos para não passarmos dificuldades. Não penso em ciclos, mas em cada jogo de forma individual. Confio plenamente no grupo, e todos têm mostrado capacidade para responder às exigências".
Hora do jogo e valorização do futebol português: "Infelizmente, os horários de alguns jogos não são ideais. Parece que, em Portugal, a preocupação recai apenas sobre alguns clubes, e esquecemos de valorizar aqueles que realmente levam mais adeptos aos estádios. Os nossos adeptos são fantásticos e diferentes. Para valorizar o futebol português, é preciso olhar para estes aspetos com mais atenção. Mas essa reflexão deixo para quem toma as decisões".
Bruno Pinheiro, treinador do Gil Vicente
Análise do Jogo: "A derrota foi pesada e justa, refletindo que não estivemos à altura do desafio. Tivemos uma má primeira parte, e sofrer um golo logo no início da segunda complicou ainda mais. Não há muito a acrescentar além de reconhecer a necessidade de levantar a cabeça, preparar o próximo jogo e apresentar uma imagem completamente diferente da de hoje.
Zero remates à baliza do Vitória SC: "Faltou-nos qualidade, algo surpreendente considerando o que a equipa já demonstrou em jogos anteriores. Mesmo nas derrotas anteriores, havia sensações positivas; hoje, na primeira parte, a sensação foi claramente negativa. Não conseguimos estar ao nível esperado e, por isso, não podemos estar satisfeitos com a nossa exibição".
Como dar a volta por cima: "Este é um momento que exige caráter. Mais do que a parte futebolística, é necessário mostrar outra postura em campo. A equipa precisa de uma atitude diferente, mais comprometida e combativa. Apenas assim será possível ultrapassar este momento e retomar o caminho positivo".