José Mota assumiu o AFS a duas jornadas do fim e garantiu o play-off a acabar o campeonato, apesar de a derrota caseira com o Moreirense, após triunfo na Amadora, ter ameaçado esse objetivo, depois do ciclo negativo com Rui Ferreira.
Este sucedera a Daniel Ramos, que, por sua vez, substituíra Vítor Campelos — treinador inicial da época e o que mais pontos somou.
A instabilidade no comando técnico marcou a estreia do AFS na Liga, ainda a carregar o peso da estrutura herdada do Vilafranquense e os constrangimentos dessa transição profunda.

Campelos arrancou com duas vitórias e um empate em cinco jogos, colocando o AFS no nono lugar — melhor registo da época, a par do oitavo na primeira jornada —, apesar das queixas sobre um plantel curto, só verdadeiramente reforçado em agosto.
A equipa empatava mais, mas entusiasmava pouco, e o divórcio, que seria litigioso, aconteceu após a 11.ª jornada e o nulo na visita ao Estoril Praia.
Daniel Ramos começou com a surpreendente eliminação da Taça, frente ao Lusitano de Évora (3-2), do Campeonato de Portugal.
Venceu só o Gil Vicente (1-0), empatou cinco vezes seguidas (incluindo com o Benfica, 1-1) e perdeu quatro jogos, o último com o Santa Clara, na 21.ª jornada.
O mexicano Ochoa, o mais mediático dos reforços da equipa e uma das figuras da Liga, ajudou a melhorar a diferença de golos, mas o AFS caiu pela primeira vez na zona de descida (18.ª jornada).
Rui Ferreira, estreante, trouxe um estilo mais arriscado e começou bem, com dois empates (um com o campeão Sporting) e um triunfo em casa do concorrente direto Farense.

O AFS subiu ao 15.º lugar, mas pareceu relaxar e somou sete derrotas nos oito jogos seguintes, incluindo com o Boavista, precipitando nova chicotada, face ao iminente cenário de descida.
Mota venceu um jogo e perdeu outro, estando agora a disputar o play-off frente ao Vizela, terceiro da Liga 2, na tentando de salvar uma época com a defesa mais batida e um dos piores ataques. A primeira mão aumentou (e muito) a esperança do emblema de Santo Tirso.
Mercado foi o mais utilizado (33 jogos), mas Devenish teve mais minutos. Zé Luís e o veterano Nenê, ambos com cinco golos, foram os melhores marcadores.