Após uma excelente prestação na reta final da época transata, as perspetivas dos lobos eram otimistas à partida para 2024/25, com uma eventual candidatura europeia em hipótese.
Contudo, a nova versão arouquense, de alterações estruturais, era uma incógnita para 2024/25, sabendo que o treinador Daniel Sousa havia saído para o SC Braga, com o uruguaio Gonzalo García, sem experiência de trabalho em Portugal, a assumir o lugar.
Em face das saídas de Mujica e Cristo para o catari Al Saad, que, segundo a imprensa, terão rendido um valor a rondar os 20 milhões de euros, e outras de menor perfil, o Arouca apetrechou-se com numerosos reforços, entre os quais os titulares Nico Mantl, Chico Lamba, Jose Fontán e Taichi Fukui.

A derrota pesada no Estoril (4-1), à nona jornada, ditou a gota de água para a direção do Arouca, que despediu García quando este somava apenas sete pontos, no 14.º lugar, tendo sido substituído por Vasco Seabra.
Porém, seria o novo técnico a concretizar a pior série de resultados, logo após a sua chegada - nos primeiros cinco jogos, teve quatro derrotas e um empate, incluindo a eliminação da Taça de Portugal, na receção ao Farense (2-1).
A aposta em Seabra, que clamava "fé no processo", manteve-se e, a partir da 16.ª ronda, quando ocupavam o crítico posto de lanterna-vermelha, os arouquenses encarreiraram para uma sequência de oito jogos consecutivos a pontuar - a melhor da época -, para a qual a reestruturação do plantel, em janeiro, contribuiu.
A segunda metade da temporada ficou também marcada pelos empates em Alvalade e na Luz (ambos por 2-2), em que a equipa se apresentou de forma ambiciosa perante os grandes de Lisboa, com impacto direto nas contas da corrida ao título de campeão.

Ao longo da época, o Arouca revelou dificuldades na finalização, sem nenhuma referência atacante a destacar-se, entre Henrique Araújo, Güven Yalçin e Dylan Nandín, tendo o extremo Jason Remeseiro assumido um papel capital no golo em determinados momentos.
Quando faltavam duas partidas por disputar, o Arouca assegurou a manutenção na Liga e Vasco Seabra, que renovou contrato até junho de 2026, manifestou vontade em superar a prestação na próxima edição.