Os tricolores apostaram no regresso a casa do treinador Filipe Martins, mas um terrível início de temporada levou à sua saída ao fim de apenas seis jornadas, com a equipa na penúltima posição da tabela, com dois pontos somados.
O clube da Reboleira não consolidou o ânimo inicial dos adeptos, justificado pela presença do astro Nani no plantel, que apenas durou até pendurar as chuteiras, em dezembro, sem mostrar a qualidade de outrora, numa enorme carreira.
O cargo técnico foi assumido pelo até então diretor desportivo, José Faria, que foi capaz de melhorar um pouco o cenário a abrir, somando logo o primeiro triunfo na estreia e, à 16.ª ronda, a equipa amadorense era 12.ª classificada, com 16 pontos.
O mercado de janeiro também originou muitas alterações na equipa, com a venda de jogadores importantes e a chegada de outros, sem grandes melhorias, como se verificou entre a 16.ª e a 21.ª jornadas, ao somar quatro derrotas e dois empates.
Essa inconsistência de resultados deixou sempre a equipa estrelista em lugares de perigo, já que nunca logrou somar dois triunfos seguidos e o seu melhor registo aconteceu entre a 22.ª e 25.ª jornadas, com um triunfo e três empates.
A vitória na receção ao FC Porto, por 2-0, à 31.ª ronda, parecia deixar o Estrela da Amadora seguro nas contas da permanência a três jornadas do fim, mas as três derrotas a fechar mantiveram a dúvida, salvando-se no 15.º lugar, com 29 pontos.
José Faria lembrou muitas vezes durante a época que o Estrela da Amadora quase nunca teve a possibilidade de repetir um onze de um jogo para outro, face às constantes lesões de jogadores, algo que também se repetiu na época anterior.
Deste modo, os futebolistas com mais consistência durante a temporada foram o ala esquerdo Nilton Varela, o médio argentino Bucca ou ainda os avançados Kikas e Rodrigo Pinho, que auxiliaram com seis e cinco tentos, respetivamente.
Os dois pontas de lança foram insuficientes para impedir o pior registo ofensivo do campeonato, com 24 golos, a par do Boavista, com o capítulo defensivo a ser um pouco melhor, com os amadorenses a terem o 12.º melhor registo (50 golos sofridos).