Os bracarenses, que terminaram na quarta posição pela 13.ª vez na sua história, classificação que mais vezes repetiram no principal escalão, começaram a época de forma turbulenta, com António Salvador a despedir Daniel Sousa, contratado antes do final da época passada, após o empate caseiro na primeira jornada com o Estrela da Amadora (1-1).
Para o seu lugar, Salvador fez regressar Carlos Carvalhal, um homem da casa, que tinha orientado a equipa não há muito tempo (2020/21 e 2021/22).
O experiente treinador, de 59 anos, teve algumas dificuldades em estabilizar a equipa que, à 16.ª jornada, tinha menos 12 pontos do que o FC Porto.
Contudo, cinco vitórias consecutivas, entre a 17.ª e a 21.ª jornadas, o melhor ciclo dos bracarenses no campeonato, e uma quebra dos portistas, permitiu ao SC Braga recuperar esse fosso e passar a discutir o último lugar do pódio com os ‘dragões’.
Com o empate em Alvalade (1-1), na 28.ª jornada, com um golo aos 87 minutos de Patrão, de 18 anos, que ali fez o seu único golo da época, a turma de Carvalhal passou para o terceiro lugar, que manteve durante quatro jornadas.
Contudo, apenas três pontos em 12 possíveis nas últimas quatro jornadas (três empates e uma derrota) ditaram a classificação final.

A equipa melhorou substancialmente o registo defensivo (sofreu 30 golos, contra os 50 na época passada), mas também marcou bem menos: 55, menos 16 do que em 2023/24.
No mercado de inverno, saíram vários jogadores experientes do plantel e alguns deles com muitos anos de clube como o guarda-redes Matheus (emprestado ao Ajax, dos Países Baixos) que cumpria a 11.ª época nos arsenalistas, André Horta (emprestado, com opção de compra obrigatória, aos gregos do Olympiacos) ou o internacional português Bruma, que rumou ao Benfica.
A aposta recaiu em jovens da formação e alguns agarraram o lugar, como o guarda-redes Hornicek (22 anos) ou o defesa esquerdo Chissumba (19).
Roger, de 19 anos, confirmou a ascensão que se anunciava desde a época passada e o veterano João Moutinho, de 38, fez mais uma temporada de grande nível, merecendo destaque, pela negativa, a época de estreia cinzenta de Arrey-Mbi ou El Ouazzani.
Pouco usual foi a saída em janeiro de cinco reforços, definitiva ou por empréstimo: Wdowik (ainda em agosto), Yuri Ribeiro, Rafik Guitane, Roberto Fernández e João Marques.
O melhor marcador, com 11 golos, foi o ‘capitão’ Ricardo Horta que, em fevereiro, juntou ao de máximo goleador outro recorde interno, tornando-se no jogador com mais partidas feitas pelo Sporting de Braga.
O internacional português de 30 anos foi ainda o único totalista da equipa, alinhando mesmo em todos os jogos da temporada ‘arsenalista’, num total de 54, novo máximo pessoal.