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Balanço da Liga: Metamorfose de Pavlidis quase conduziu Benfica ao título

Pavlidis terminou como melhor marcador do Benfica
Pavlidis terminou como melhor marcador do BenficaSL Benfica
O avançado grego Vangelis Pavlidis sofreu uma evidente metamorfose na segunda metade da Liga portuguesa e, com 15 golos, contra os míseros quatro da primeira, quase conduziu o Benfica ao título.

De flop a uma das figuras da segunda volta, na qual só marcou menos três golos do que Gyökeres, com menos dois penáltis, mesmo sendo poupado várias vezes devido aos compromissos europeus, Pavlidis impôs o futebol que desaparecera após a pré-temporada e renasceu, como goleador, numa noite de Champions.

Em 21 de janeiro, o Benfica viveu uma noite louca na Luz, perdendo, entre muita polémica arbitral, por 5-4 na receção ao Barcelona, mas, no meio da tristeza, surgiu a boa nova em forma de hat-trick do avançado helénico.

Os encarnados não estavam, de facto, enganados quando resolveram apostar no grego para resolver o problema do ponta de lança, contratando-o ao AZ Alkmaar por 18 milhões de euros, depois de marcar 29 golos em 34 jogos na Eredivisie 2023/24.

Benfica terminou no 2.º lugar
Benfica terminou no 2.º lugarFlashscore

Na pré-tempoda, Pavlidis dera desde logo razão aos responsáveis da Luz: marcou um golo ao Farense (5-0), bisou com o Celta de Vigo (2-2), voltou a faturar frente a Almería (3-1) e Brentford (1-1) e colecionou novo bis face ao Feyenoord (5-0), ficando apenas em branco no último jogo, com o Fulham (0-1).

Depois de sete golos em seis jogos incompletos (321 minutos), parecia encontrado o matador para rivalizar com o leão Gyökeres, mas o campeonato arrancou e o grego não, ficando-se pelos quatro golos na primeira volta, em 17 jogos, 15 no onze.

Ainda assim, e como os números mostram, o treinador Bruno Lage jamais duvidou e nunca deixou de falar do que o grego dava à equipa, mesmo não marcando, mas tudo mudou, para muito melhor, após aquele desaire com os catalães.

Depois esse embate, Pavlidis faturou nos oito jogos seguintes em que foi titular na Liga, num total de 12 golos, mais três assistências, tendo ainda marcado depois de saltar do banco para os 22 minutos finais nas receções a Boavista e Nacional.

No onze, marcou um na Amadora (3-2, à 20.ª jornada), dois na receção ao Moreirense (3-2, à 21.ª), um em Vila do Conde (3-2, à 26.ª) e um ao Farense (3-2, à 27.ª), antes de viver mais um momento muito alto na época, no Dragão.

Os números de Pavlidis
Os números de PavlidisFlashscore

Em 06 de abril, Pavlidis fez história, ao tornar-se o primeiro jogador do Benfica a conseguir um hat-trick no reduto do FC Porto, com golos no primeiro minuto, aos 43 e aos 69, nenhum dos quais de penálti, sendo substituído aos 72.

O grego já era, agora, um perigo público e continuou a faturar, marcando mais um ao Arouca (2-2, à 29.ª ronda), dois em Guimarães (3-0, à 30.ª) e um ao AFS (6-0, à 31.ª).

À 32.ª ronda, no reduto do Estoril Praia, onde o Benfica venceu por 2-1, ficou pela primeira em branco, como titular, desde a primeira jornada da segunda, volta, quando se limitou a uma assistência, no 4-0 ao Famalicão, na Luz.

No jogo do título, também não conseguiu marcar, mas o tento dos encarnados, que o turco Aktürkoglu apontou, aos 63 minutos, foi fabricado inteiramente pelo grego, com uma fantástica jogada individual.

A acabar, Pavlidis marcou mais um, o 19.º, em Braga (1-1), sendo que, completamente entrosado, tem tudo para ser o rei dos marcadores do próximo campeonato, até porque, provavelmente, já não haverá Gyökeres.