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Balanço da Liga: Segunda volta vale ao SC Braga o octo entre os pequenos

Os festejos do SC Braga
Os festejos do SC BragaSC Braga
O SC Braga somou o oitavo título consecutivo de rei dos pequenos da Liga, mantendo-se ‘intocável’ desde 2017/18, graças a uma segunda volta mais consistente do que a primeira.

Depois de ter fechado a primeira volta os mesmos 31 pontos do Santa Clara (quinto), mercê de nove vitórias, quatro empates e quatro derrotas (30-19 em golos), os arsenalistas somaram 35 na segunda e eram terceiros a três rondas do fim.

Um final falhado custou o último lugar do pódio, que os bracarenses conseguiram pela derradeira vez em 2022/23, mas o estatuto de melhor sem contar com os grandes, que ostentam pela 20.ª vez, há muito estava assegurado.

Com 66 pontos, o SC Braga ficou nove acima do Santa Clara, que acabou no quinto lugar, e 12 do Vitória SC, sexto.

O capitão Ricardo Horta, rei dos goleadores da história do clube, foi o melhor marcador da equipa, com 11 golos, registo, ainda assim, muito distante dos 21 conseguidos na época passada pelo congolês Simon Banza.

Numa época em que viu partir a meio, rumo ao Ajax, o histórico guarda-redes Matheus, bem como Bruma, para o Benfica, destaque para o veterano João Moutinho, que, aos 38 anos, foi um verdadeiro pêndulo no meio-campo arsenalista

Miúdos com Gharbi (21 anos), Roger (19), Gorby (22) ou Afonso Patrão (18) também se mostraram, ou continuaram a mostrar à pedreira.

Em termos coletivos, destaque para a defesa, a terceira melhor da prova, com 30 golos sofridos, apenas mais três do que o Sporting e mais dois do que o Benfica, em grande contraste com os 50 encaixados na época passada.

No que respeita ao banco, a época começou com o treinador Daniel Sousa, que no final da temporada passada assinou por dois anos, proveniente do Arouca, mas só durou uma mísera jornada, sendo desde logo despedido.

A classificação do SC Braga
A classificação do SC BragaFlashscore

Depois do empate caseiro com o Gil Vicente (1-1), a escolha recaiu no regresso de Carlos Carvalhal, que tinha estado pela última vez ao comando da equipa em 2020/21 e 2021/22.

Carvalhal, um homem da casa, conseguiu levar o SC Braga a reinar entre os pequenos e com um registo similar ao da época passada (71 pontos, contra 68), mas com uma vantagem maior face ao quinto (nove contra cinco).

Os cinco pontos a mais do que o Vitória em 2023/24 tinham sido a vantagem mais apertada desde 2017/18, igualando os cinco pontos (60 contra 55) que separaram os arsenalistas, terceiros, do Rio Ave, quinto colocado, na época 2019/20.

Nas outras edições, acabou com 24 pontos de avanço sobre o Rio Ave, em 2017/18, e o Arouca, em 2022/23, 15 para o Vitória SC, em 2018/19, 14 face ao Gil Vicente, em 2021/22, e 11 em relação ao Paços de Ferreira, em 2020/21.

No ranking do rei dos pequenos, o SC Braga reforçou o segundo lugar, colocando-se a apenas cinco títulos do Belenenses, que disputou em 2024/25 a Liga 3 e já não é o primeiro dos outros do campeonato principal desde 1987/88.

A formação arsenalista precisa de, pelo menos, mais cinco edições para alcançar o conjunto do Restelo, sendo que o seu grande objetivo passa por igualar outro feito do Belenenses, o título que conquistou em 1945/46, e só foi replicado, entre os pequenos, pelo Boavista, em 2000/01.

Este é o grande sonho do presidente arsenalista, António Salvador, e que, em 2024/25, cedo ficou comprometido, numa época em que os bracarenses até conseguiram roubar pontos a todos os ‘grandes’ (2-1 na Luz, à 17.ª jornada, 1-0 na receção ao FC Porto, à 25.ª, 1-1 em Alvalade, à 28.ª, e 1-1 em casa com o Benfica, à 34.ª).