Depois de 11 falhanços consecutivos, entre 1954/55 e 2021/22, os leões lograram, finalmente, chegar ao bis, repetindo, sob o comando de Ruben Amorim, João Pereira e Rui Borges, o feito a solo do agora treinador do Manchester United em 2023/24.
Mesmo tendo saído após a 11.ª jornada, Amorim é o grande artífice deste sucesso, pois venceu os 11 jogos em que comandou a equipa, apoiado no 3-4-3 que implementou desde a chegada a Alvalade, na parte final da época 2019/20.
João Pereira sucedeu-lhe e, em quatro jornadas, conseguiu desbaratar a liderança, sendo chicoteado e substituído por Rui Borges, que, em 19 jogos, empatou seis, mas não perdeu nenhum, acabando campeão, ainda que com as ideias de Amorim.
Foi, assim, num ano conturbado, com três treinadores, que o Sporting voltou a revalidar o cetro, o que tinha acontecido pela última vez em 1953/54, quando conseguiu o tetra, numa época que terminou com o húngaro Joseph Szabo ao leme.
O Sporting venceu a edição 1953/54, sete pontos acima do FC Porto e 11 do Benfica, mas não conseguiu o penta em 1954/55, época em que, na 26.ª e última ronda, roubou o título ao Belenenses, que empatou (2-2), e entregou-o ao Benfica, ficando em terceiro.
Em 1958/59, 1962/63 e 1966/67, os leões também estiveram longe do bis, não conseguindo sequer o segundo lugar, alcançado em 1970/71, a apenas três pontos do Benfica, que selou o título à 25.ª ronda, de 26, ao bater fora o Varzim por 4-0.
Após os cinco títulos seguintes, o Sporting foi sempre terceiro, o que aconteceu em 1974/75 (a seis pontos do Benfica), 1980/81 (a 13 do Benfica), 1982/83 (a nove do Benfica), 2000/01 (a 15 do Boavista) e 2002/2003 (a 27 do FC Porto).
Já com Ruben Amorim ao leme, o conjunto leonino voltou aos títulos em 2020/21, mas, em 2021/22, não o conseguiu revalidar, sendo vice, atrás do FC Porto, comandado por Sérgio Conceição, que somou mais seis pontos.
Depois de 11 tentativas falhadas, a malapata acabou, finalmente, na presente temporada, com o Sporting a partir agora em busca do tri, para juntar ao conseguido entre 1946/47 e 1948/49, e ao tetra, selado entre 1950/51 e 1953/54.