O avançado sueco, que assinou 39 golos, vai ficar eternamente ligado aos 21.º título dos leões e foi a grande figura da época, não só no emblema de Alvalade, mas na Liga. O jogador de 26 anos fez dois póqueres e três hat-tricks e registou mais golos do que oito equipas (Santa Clara, Arouca, Gil Vicente, Nacional, Estrela da Amadora, AFS, Farense e Boavista), alcançando também o dobro do seus principais rivais na lista de melhores marcadores (Samu, do FC Porto, e Pavlidis, do Benfica, fizeram 19).
Os leões também beneficiaram de uma época inspirada de Francisco Trincão, que assinou um total de 14 assistências, e da liderança do médio dinamarquês Morten Hjulmand, o novo capitão, que fez esquecer o uruguaio Sebastián Coates.

Chegado em janeiro do futebol espanhol, o guarda-redes Rui Silva foi igualmente determinante para o Sporting ter reconquistado alguma estabilidade defensiva, sofrendo apenas 13 golos nos 17 jogos que fez na Liga.
A época acabou em festa, mas, nos dois primeiros meses de 2025, o bicampeonato passou quase a miragem, com o Sporting a registar uma onda de lesões na equipa, incluindo Gyökeres, que jogou nessa altura visivelmente limitado.
Sob o comando de Rúben Amorim, o caminho para o bi arrancou com 11 vitórias seguidas, incluindo três goleadas e com 16 golos de Gyokeres.
Bem cedo, a hipótese do segundo campeonato seguido em mais de 70 anos passou a ser bem real, mas tudo tombou com a inesperada saída de Amorim para o Manchester United em novembro e com a passagem caótica de João Pereira pelo comando técnico.
O antigo internacional português durou apenas quatro jogos, somando uma vitória, um empate e duas derrotas, naqueles que acabariam por ser os únicos desaires do Sporting na Liga. Pereira estreou-se a perder com o Santa Clara (1-0), em Alvalade, e depois teve novo revés no campo do Moreirense (2-1).

Com o dérbi com o Benfica à porta, o nulo com o Gil Vicente em Barcelos ditou o esperado adeus de João Pereira, entrando em cena Rui Borges.
Mal chegou do Minho, o técnico de 43 anos bateu os encarnados, por 1-0, em Alvalade, mas acabaria por ter um inicio de ciclo bastante complicado.
Um tsunami de lesões, que também apanhou Gyökeres, varreu o balneário leonino e Sporting somou quatro empates em janeiro e fevereiro, numa altura em que a teimosia de Borges também não ajudou.
O treinador de Mirandela, a viver a sua primeira passagem por um grande, bem tentou acabar com a linha de três defesas de Amorim, passando a um 4-4-2, mas no inicio de março finalmente desistiu.
O Sporting renasceu, Gyökeres regressou em grande e, com nove vitórias e dois empates e mais 16 golos do sueco, os leões voaram para o bicampeonato, fazendo a festa na última jornada e logo frente ao antigo clube de Rui Borges, batendo o Vitória SC (2-1), com um golo de Gyökeres e outro de Pedro Gonçalves, que falhou grande da temporada por lesão.