Se os leões ganharam este duelo particular entre os três maiores clubes lusos, com oito pontos, contra sete das águias e apenas um dos dragões, os resultados mais impactantes foram, sem dúvidas, os dois triunfos dos encarnados face aos azuis e brancos, ambos por implacáveis 4-1.
À 11.ª jornada, em 10 de novembro de 2024, na Luz, o FC Porto ainda resistiu na primeira parte, com o espanhol Samu, aos 44 minutos, a igualar o tento inaugural do compatriota Álvaro Carreras, aos 30, mas tudo descambou na segunda metade.
Um bis do argentino Ángel Di María, com golos aos 56 e 82 minutos, o segundo de grande penalidade, intermediados por um autogolo do também albi-celeste Nehén Pérez, aos 61, escreveram a maior vitória caseira do Benfica face ao FC Porto desde o 3-0 de 1997/98, numa altura em que os dragões já eram campeões.
Para encontrar o derradeiro jogo com quatro golos dos encarnados é ainda preciso recuar mais, ao 4-0 de há 60 anos, da época 1964/65, selado com bis de José Augusto e Eusébio.
Depois de fazer história na Luz, o Benfica conseguiu idêntico 4-1 no Dragão, em jogo realizado em 06 de abril, a contar para a 28.ª jornada, para o 16.º triunfo em 91 visitas.
O espanhol Samu voltou a marcar para os portistas, aos 81 minutos, mas, então, já o grego Vangelis Pavlidis tinha apontado o primeiro hat-trick de um jogador do Benfica na casa dos portistas, com golos no primeiro minuto, aos 43 e aos 69.
O central argentino e ex-portista Nicolás Otamendi selou o resultado final, aos 90+1 minutos, no que foi a segunda vitória por três golos, depois do 3-0 de 1974/75, e o segundo jogo com quatro tentos marcados, após o 4-2 de 1942/43.
Se brilhou intensamente face ao FC Porto, o Benfica não conseguiu o mesmo face ao Sporting, que, à 16.ª jornada, em 29 de dezembro de 2024, bateu as águias em Alvalade por 1-0, graças a um tento do moçambicano Geny Catamo, aos 29 minutos.
Esse encontro ficou marcado pela estreia de Rui Borges, que recuperou a liderança do campeonato, perdida nos quatro jogos da curta ‘era’ João Pereira, depois de Ruben Amorim iniciar a competição com 11 vitórias em 11 jogos.
Na segunda volta, na Luz, o embate foi apelidado de jogo do título, até porque, ambos podiam sair campeões do encontro da 33.ª jornada, mas, em 10 de maio, ninguém o conseguiu, tendo-se registado um empate a um muito favorável aos leões.
O Sporting adiantou-se no primeiro remate, aos quatro minutos, por Trincão, assistido pelo sueco Gyökeres, com o Benfica a empatar aos 63, pelo turco Aktürkoglu, depois de uma sensacional jogada do grego Vangelis Pavlidis.
Os encarnados ainda tentaram chegar ao triunfo, para evitar ir em desvantagem para a última ronda, mas os verde e brancos, muito pragmáticos, não hesitando em jogar feio e perdendo todo o tempo que puderam, seguraram o precioso empate.
Com um triunfo caseiro e um empate fora frente ao Benfica, os leões igualaram o registo conseguido face ao FC Porto, sendo que o triunfo em Alvalade ainda foi sob o comando de Ruben Amorim, em 31 de agosto de 2024, logo à quarta ronda.
Um golo de Gyökeres, aos 73 minutos, de grande penalidade, e outro de Geny Catamo, já os 90+3, selaram o triunfo por 2-0 dos leões, que valeu a liderança isolada da prova.
Na segunda volta, no Dragão, em 07 de fevereiro, o Sporting voltou a sair na frente, com um tento do espanhol Fresneda, aos 42 minutos, mas, na segunda parte, optou mais por especular e, aos 90+4, o inglês Danny Namaso selou o 1-1 final.