O Benfica apresentou esta sexta-feira os resultados financeiros correspondentes ao exercício de 2024/25. Num comunicado divulgado no site oficial, os encarnados referem que tiveram um resultado líquido consolidado ascende a 40,7 milhões de euros.
Os resultados dizem respeito ao exercício de 2024/25, que corresponde ao período compreendido entre 1 de julho de 2024 e 30 de junho de 2025. De acordo com os novos estatutos do Benfica, esta informação será incluída no Relatório e Contas a partir do próximo ano.
Os principais destaques dos resultados económicos e financeiros consolidados apresentados pelo clube no exercício de 2024/25 são os seguintes:
- O resultado líquido consolidado ascende a 40,7 milhões de euros, o que representa uma melhoria de 72,9 milhões de euros (+226,1%) face ao período homólogo, sendo 27,5 milhões de euros atribuíveis ao Sport Lisboa e Benfica e 13,2 milhões de euros imputáveis aos interesses minoritários não controláveis;
- O resultado operacional (sem direitos de atletas) atinge um valor positivo de 13,5 milhões de euros, o que equivale a uma melhoria de 40 milhões de euros face ao período homólogo, correspondendo ao primeiro resultado operacional (sem direitos de atletas) positivo após seis épocas (desde 2018/19);
- O resultado operacional equivale a um montante positivo de 59,7 milhões de euros, o que significa uma melhoria de 73 milhões de euros face ao período homólogo, o qual já inclui as operações com direitos de atletas;
- Desta forma, a melhoria do resultado operacional consolidado do SL Benfica é justificada pelo crescimento do resultado da atividade operacional sem direitos de atletas em 40 milhões de euros e pelas operações com os direitos de jogadores que contribuíram para a evolução positiva do resultado em 33 milhões de euros;
- Os rendimentos operacionais consolidados (sem direitos de atletas) do clube ultrapassaram os 284 milhões de euros (+26,0%). Esta evolução é suportada por valores recorde em todas as linhas de receita, designadamente. (i) os rendimentos com direitos de televisão, que incluem o contrato da NOS, os prémios associados à Liga dos Campeões e ao Mundial de Clubes, atingiram os 148,4 milhões de euros (+44,2%); (ii) as receitas associadas ao matchday, que inclui quotização, corporate e bilhética, ascenderam a 62,8 milhões de euros (+13,7%); e (iii) os rendimentos provenientes das atividades comerciais, alicerçadas principalmente nos patrocinadores e no merchandising corresponderam a 72,8 milhões de euros (+8,3%);
- Os rendimentos operacionais (incluem as transações com direitos de atletas) atingiram os 411,5 milhões de euros, o que representa o maior valor de sempre alcançado pelo SL Benfica (os dois melhores anos correspondiam aos exercícios de 2022/23 – 325,4 milhões de euros – e de 2019/20 – 317,9 milhões de euros), ultrapassando pela primeira vez a fasquia dos 400 milhões de euros. Este valor corresponde a um crescimento de 99,3 milhões de euros (+32,9%);
- Os gastos operacionais (sem direitos de atletas) ascendem a 270,5 milhões de euros, o que equivale a um aumento de 7,4%, que compara com um crescimento de 26,0% nos rendimentos operacionais (sem direitos de atletas). Esta variação corresponde a um aumento de 18,7 milhões de euros, sendo de destacar os encargos com a participação no Mundial de Clubes e o aumento da rubrica de indemnizações no presente exercício, que tiveram um impacto global de 13,8 milhões de euros nos gastos operacionais. Excluindo estes dois efeitos, o crescimento dos gastos teria sido de 4,9 milhões de euros (i.e., 1,9% e abaixo da inflação verificada), o que evidencia o sucesso no esforço de controlo de gastos operacionais;
- O ativo ultrapassa os 568,1 milhões de euros, o que significa um aumento de 33,7 milhões de euros (+6,3%) face a 30 de junho de 2024. Este crescimento é principalmente explicado pelo aumento dos valores a receber de clientes e outros devedores, sendo de destacar que, no final deste exercício, o rácio de net trade accounts associado às transações de direitos de atletas, melhorou em 65,2%;
- O passivo atinge um montante de 533,0 milhões de euros, o que significa um decréscimo de 1,2% face ao período homólogo, principalmente justificado pela redução de 19,3 milhões de euros verificada nos empréstimos obtidos, o qual foi parcialmente compensado pelo aumento dos saldos com fornecedores e outros credores;
- Os fundos patrimoniais equivalem a 35,2 milhões de euros, o que representa uma melhoria de 40,0 milhões de euros (+833,5%), em consequência do resultado líquido consolidado positivo, sendo de realçar que os fundos patrimoniais consolidados voltaram a ser positivos.