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Benfica rejeita fase de instrução no E-Toupeira e caso dos emails e segue já para julgamento

Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico do Benfica, é um dos acusados nos processos na justiça
Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico do Benfica, é um dos acusados nos processos na justiçaManuel Fernando Araújo/LUSA
O Benfica anunciou esta sexta-feira, em comunicado, que decidiu não requerer a fase de instrução nos processos E-Toupeira e Caso dos Emails, optando por por seguir diretamente para julgamento.

"Foram dois os motivos que pesaram nesta decisão: por um lado, as limitações probatórias inerentes à fase de instrução; por outro, o arrastamento temporal que a realização da fase de instrução iria provocar no processo, com os inerentes prejuízos à imagem e credibilidade do clube", pode ler-se no comunicado do Benfica, publicado no site oficial do clube. Os encarnados acreditam que, em sede de julgamento, irá ser provada a "falta de fundamento da acusação".

Refira-se que este caso foi iniciado com a divulgação dos emails em 2017, quando elementos ligados à estrutura do FC Porto revelaram, num programa do Porto Canal, correio eletrónico privado do Benfica. Daí resultaram vários processos e o Ministério Público decidiu acusar a Benfica SAD, Luís Filipe Vieira, Paulo Gonçalves, a SAD do Vitória FC e os dirigentes sadinos Fernando Oliveira, Vítor Valente e Paulo Grencho, bem como a sociedade OLISPORTS, de, entre outras coisas, terem simulado a compra e venda de jogadores, lesado o Benfica e subvertido a verdade desportiva.

Em causa, recorde-se, estavam crimes de corrupção, participação económica em negócio e fraude fiscal. 

Comunicado oficial do Benfica

"Depois de analisada a acusação constante do processo n.º 5340/17.7T9LSB e ouvidos os seus Defensores, o Sport Lisboa e Benfica informa que foi decidido não requerer a fase facultativa de instrução, preferindo-se a ida direta a julgamento.

Foram dois os motivos que pesaram nesta decisão: por um lado, as limitações probatórias inerentes à fase de instrução; por outro, o arrastamento temporal que a realização da fase de instrução iria provocar no processo, com os inerentes prejuízos à imagem e credibilidade do Clube.

O Sport Lisboa e Benfica pretende, assim, avançar diretamente para julgamento, sede que permitirá, sem quaisquer limitações, fazer prova plena da falta de fundamento da acusação deduzida pelo Ministério Público e pugnar-se pela respetiva absolvição.

Lisboa, 20 de dezembro de 2024"