Acompanhe as incidências da partida
O jogo com o grande rival e bicampeão nacional, da 13.ª jornada da Liga de futebol, é enorme teste às águias, numa época em que voltaram a trocar de treinador nas primeiras jornadas, mas, novamente, sem resultados práticos.
Depois de um início promissor, com a conquista da Supertaça, precisamente diante do Sporting (1-0), o Benfica afundou-se em más exibições e perdas de pontos impensáveis, tanto na Liga dos Campeões, como no campeonato.
Mesmo o pouco tempo de descanso entre o Mundial de clubes, no qual foi eliminado em 28 de junho, e o início da pré-época, duas semanas depois, não justifica a pobreza exibicional das águias, com muitas caras novas.

Os primeiros maus resultados, empate caseiro com o Santa Clara (1-1) e derrota com os azeris do Qarabag (3-2), ditaram em meados de setembro a saída de Bruno Lage, treinador que na última época também tinha entrado para o lugar do despedido Roger Schmidt.
A entrada do Special One, José Mourinho, também ele despedido do Fenerbahçe, não trouxe nada de novo ao futebol encarnado, que na Liga dos Campeões – apesar de ter adversários de maior gabarito -, continuou a perder e na Liga a fraquejar.
Foi já com Mourinho que as águias empataram em casa com o Rio Ave (1-1) e com o Casa Pia (2-2), em jogos que estiveram a vencer e foram incapazes de segurar, com os adversários a marcarem já nos descontos.
Em oito jogos com o novo treinador, o Benfica empatou três, um dos quais no Estádio do Dragão, com o FC Porto (0-0), naqueles que são os únicos pontos perdidos pelos dragões no campeonato, que lideram, com 11 vitórias e um empate.
Pese embora o desbaratar de pontos em casa, nos três empates com Santa Clara, Rio Ave e Casa Pia, o Benfica é, juntamente com o FC Porto, a única equipa sem qualquer derrota na competição (oito vitórias e quatro empates).
Numa época em que o Benfica fez um dos maiores investimentos de sempre, as críticas subiram de tom com a ideia de os encarnados terem um plantel mal construído, admitindo-se uma ida urgente ao mercado de transferências em janeiro.
No plantel, o médio norueguês Aursnes é o grande indiscutível, titular em todos os 25 jogos disputados, seguido de Pavlidis, com o mesmo número de jogos, mas em dois dos quais como suplente utilizado.
Pavlidis continua a ser um abre-latas da equipa, na qual é de longe o melhor marcador, com 16 golos, 10 dos quais no campeonato, que lhe dão o estatuto de melhor marcador da Liga, à frente de Luís Suárez (Sporting), com nove, Schettine (Moreirense), Pablo (Gil Vicente), Pedro Gonçalves (Sporting) e Clayton (Rio Ave), todos com oito.

Com Pavlidis, Aursnes e também o capitão Otamendi como o centro nevrálgico do futebol encarnado, tem faltado a equipa a afirmação absoluta de alguns reforços, casos dos médios Richard Ríos, um dos jogadores mais caros de sempre, Barrenecha, Sudakov ou do avançado Franjo Ivanovic.
O plantel encarnado não melhorou – as exibições comprovam-no -, e as saídas do lateral Álvaro Carreras, do médio Florentino ou do campeão mundial Dí María não tiveram correspondências nas entradas.
À 12.ª jornada, o Benfica segue em terceiro lugar, a distantes seis pontos do FC Porto, e a três do Sporting, quando na última época, que não ganhou, era, no mesmo período, segundo, a apenas dois pontos do líder.
