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Benfica tem propostas para vender direitos audiovisuais nas próximas duas épocas

Rui Costa, presidente do Benfica
Rui Costa, presidente do BenficaRICARDO CASTELO/LUSA
O Benfica recebeu duas propostas para comercializar os direitos audiovisuais dos jogos disputados em casa para a Liga Portugal nas épocas 2026/27 e 2027/28, anunciou o presidente encarnado, Rui Costa, num processo ainda em aberto.

“Iremos continuar a nossa luta pelos direitos televisivos e não abdicaremos dela. Posso adiantar que temos já em mão duas propostas que cobrem 2026 a 2028. Vamos acabar o contrato que temos atualmente e, numa era em que todos os países têm baixado os (valores dos) direitos, esses dois contratos são superiores aos que temos hoje”, referiu.

Rui Costa, de 53 anos, fez a sua primeira ação de campanha eleitoral em Paredes, por ocasião do 26.º aniversário da casa do Benfica local, numa altura em que faltam cinco semanas para as eleições dos órgãos sociais do clube rumo ao quadriénio 2025-2029, cuja candidatura revelou em 10 de julho, entre o fim de 2024/25 e o início da época atual.

“Entendemos não fechar nenhuma das propostas, porque ainda não estamos satisfeitos. Vamos à procura de mais e não poderemos baixar destes valores em 2028”, direcionou.

Rui Costa não adiantou os montantes envolvidos nessas negociações individualizadas do Benfica, que antecedem a entrada em vigor da comercialização centralizada dos direitos audiovisuais dos jogos das Ligas a partir da temporada 2028/29, seguindo a legislação promulgada em março de 2021 pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Em dezembro de 2015, as águias celebraram com a operadora NOS um contrato de cessão dos direitos de transmissão televisiva das partidas realizadas em casa pela equipa sénior de futebol por 400 milhões de euros (ME), com início em 2016/17, que incluía uma duração inicial de três anos e poderia ser renovado até perfazer um total de 10 épocas.

O acordo foi assinado na presidência de Luís Filipe Vieira, líder mais longevo da história encarnada, antecessor de Rui Costa e um dos seis candidatos ao próximo escrutínio, para o qual o antigo médio internacional português apresentará em breve o seu programa.

“Há um foco claro na estabilidade e nas vitórias das nossas equipas, que certamente irão melhorar. Queremos uma contínua aposta na nossa formação, em que temos de ser cada vez mais fortes, irreverentes e audazes. Já estamos a trabalhar no objetivo de elevar as receitas para 500 ME. Assim, não teremos a necessidade e quase a obrigação de fazer tantas trocas no plantel, bem como de não vender tantos jogadores anualmente”, vincou.

Garantindo que nunca afetará a estabilidade financeira do clube, Rui Costa ambicionou o crescimento até aos 500.000 associados e a execução do projeto Benfica District, apresentado há dois meses, com um investimento avaliado em 220 ME e a pretensão de elevar a capacidade do Estádio da Luz, em Lisboa, dos atuais 68.000 para 80.000 lugares.

“O desenvolvimento do Benfica District não pode ser um tabu. Não nos dá só um estádio mais bonito, mas um recinto de uma beleza tremenda a nível mundial e uma referência. Dará muito mais receita, um orgulho diferente e melhores condições para os nossos adeptos e atletas, porque vamos ter dois pavilhões, uma piscina e uma arena”, avaliou.

Perante alguns vice-presidentes da direção do Benfica e Nuno Catarino, diretor financeiro do clube e administrador executivo da SAD, Rui Costa disse estar convencido de que as águias alcançarão as verbas que merecem na venda dos direitos de designação do Estádio da Luz, o maior espaço desportivo em Portugal, que está integrado na lista de recintos propostos pela candidatura conjunta de Portugal, Espanha e Marrocos ao Mundial-2030.

Rui Costa lidera o Benfica desde julho de 2021 e é um dos seis candidatos assumidos às eleições dos órgãos sociais do clube para o quadriénio 2025-2029, agendadas para 25 de outubro, na companhia do empresário Luís Filipe Vieira, líder entre 2003 e 2021, do gestor João Noronha Lopes, dos advogados João Diogo Manteigas e Cristóvão Carvalho e do industrial Martim Mayer.

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